EGITO

Polícia expulsa islamistas de mesquita cercada

Policiais e islamitas entrincheirados há várias horas em mesquita do centro fizeram um tiroteio

Da France Press
17/08/2013 às 10:35.
Atualizado em 25/04/2022 às 05:06

A polícia egípcia expulsava neste sábado (17) à força alguns dos islamitas entrincheirados há várias horas em uma mesquita do centro do Cairo, em meio a um intenso tiroteio. A polícia também atirava para o alto com o objetivo de dispersar os moradores que estavam fora da mesquita e agrediam os islamitas, que eram retirados um a um do edifício, em uma praça impregnada de gás lacrimogêneo. Quase 1.000 pessoas chegaram a permanecer no interior da mesquita, segundo um dos islamitas, mas o número não pôde ser confirmado por uma fonte independente. O confronto violento acontece no quarto dia de sangrentos distúrbios entre as forças de segurança, que receberam autorização de usar armamento letal contra os manifestantes hostis, e partidários do presidente islamita deposto Mohamed Mursi. A agência de notícias estatal MENA informou que homens armados abriram fogo do interior da mesquita Al-Fath, enquanto imagens ao vivo exibidas pela televisão mostravam disparos do exterior em direção ao minarete. A polícia conseguiu retirar à força pelo menos sete homens da mesquita, no início de um ataque ao local, mas a multidão de moradores agrediu os simpatizantes de Mursi com pedaços de pau e barras de ferro. Os confrontos entre as forças de segurança e manifestantes islamitas deixaram nas últimas 24 horas 173 mortos no Egito, após a convocação dos partidários de Mursi para uma "sexta-feira da ira", informou o governo neste sábado. Os confrontos registrados durante a "sexta-feira da ira" também deixaram 1.330 feridos. O filho de Mohamed Badie, Guia Supremo da Irmandade Muçulmana do Egito, morreu ao ser atingido por tiros nos confrontos de sexta-feira entre manifestantes e as forças de segurança no Cairo, informou o movimento neste sábado. "Ammar, filho de Mohamed Badie, o Guia Supremo da Irmandade Muçulmana, morreu ao ser atingido por munição letal no massacre de ontem na Praça Ramsés da capital", afirma um comunicado do movimento. Além disso, o irmão do líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, foi detido neste sábado no Egito por "apoio" ao deposto presidente islamita Mohamed Mursi, anunciaram fontes dos serviços de segurança. Mohamed al-Zawahiri, egípcio que mora no Cairo, foi detido em Guizeh, subúrbio da capital, segundo as fontes, que pediram anonimato.

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