INTERNACIONAL

Peru aprova pedido de extradição do ex-presidente Toledo dos EUA

O governo do Peru deu luz verde nesta quinta-feira (22) a solicitação de extradição dos Estados Unidos do ex-presidente Alejandro Toledo, a quem a Justiça acusa de receber propina milionária da empreiteira Odebrecht

AFP
22/03/2018 às 22:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 07:10

O governo do Peru deu luz verde nesta quinta-feira (22) a solicitação de extradição dos Estados Unidos do ex-presidente Alejandro Toledo, a quem a Justiça acusa de receber propina milionária da empreiteira Odebrecht."Resolve-se aceitar a solicitação de extradição de Alejandro Toledo, formulada pelo primeiro juizado de Investigação Preparatória Nacional da Sala Penal Nacional, e declarada procedente pela Sala Penal Permanente da Corte da Justiça", indicou a resolução suprema publicada no diário oficial.A resolução pela qual o Peru aprova pedir a extradição tem data de 21 de março e foi um dos últimos atos de governo do presidente demissionário Pedro Pablo Kuczynski.A Suprema Corte do Peru tinha aprovado em 3 de março pedir a extradição de Toledo, que mora na Califórnia, Estados Unidos. Mas era necessário o aval do governo.A justiça peruana acusa Toledo dos crimes de tráfico de influências, conluio e lavagem de dinheiro às custas do Estado peruano.Agora, as autoridades peruanas devem traduzir o expediente de extradição ao inglês para que possa ser recebido pelas autoridades americanas.A resolução foi firmada por Kuczynski, que renunciou ao cargo na quarta-feira depois que líderes da opositora Força Popular (direita, populista) difundiram um vídeo em que o congressista Kenji Fujimori aparece tentando convencer outro legislador a votar contra a destituição do mandatário em troca de favores políticos.Toledo, presidente entre 2001-2006, é suspeito de ter recebido propina no valor de 20 milhões de dólares da Odebrecht para ganhar a licitação que construiu uma estrada que ligaria portos brasileiros do Atlântico a portos peruanos do Pacífico, cruzando a Amazônia.O ex-presidente peruano, que negou ter recebido dádivas da Odebrecht, inaugurou a via em 2006, junto com o então contraparte brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, também enfrenta acusações de corrupção.A decisão abre um novo capítulo na saga de um escândalo que também salpicou outros três ocupantes do assento presidencial peruano, inclusive Kuczynski, que foi primeiro-ministro e titular de Economia de Toledo.

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