INTERNACIONAL

Pence promete sanções mais duras dos EUA contra Coreia do Norte

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, afirmou nesta quarta-feira (7) que Washington revelará em breve as sanções econômicas mais duras já adotadas contra a Coreia do Norte e prometeu impedir que Pyongyang "sequestre" os Jogos Olímpicos de Inverno

AFP
07/02/2018 às 17:00.
Atualizado em 22/04/2022 às 12:51

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, afirmou nesta quarta-feira (7) que Washington revelará em breve as sanções econômicas mais duras já adotadas contra a Coreia do Norte e prometeu impedir que Pyongyang "sequestre" os Jogos Olímpicos de Inverno.Durante uma visita ao Japão antes de comparecer à cerimônia de abertura dos Jogos de Inverno na Coreia do Sul, Pence destacou que seu país "intensificará a campanha de máxima pressão" sobre o regime norte-coreano, em conjunto com o governo de Tóquio."Anuncio hoje que os Estados Unidos revelarão muito em breve as sanções econômicas mais duras e mais ofensivas já adotadas contra a Coreia do Norte", declarou Pence, ao lado do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.A visita de três dias ao Japão acontece no momento em que Washington tenta reforçar os laços com seus aliados na região e manter a pressão sobre o regime de Pyongyang, apesar da recente "distensão" na península da Coreia."Todas as opções estão sobre a mesa e os Estados Unidos mobilizaram alguns de seus recursos militares mais avançados no Japão e na região em geral para proteger nosso território e nossos aliados, e vamos continuar fazendo isso", completou.Para ressaltar o que Washington classifica como "abusos" norte-coreanos contra os direitos humanos, Pence assistirá à cerimônia de abertura dos Jogos de Pyeongchang ao lado do pai do falecido preso americano Otto Warmbier.Washington e Pyongyang travam uma guerra verbal que levou o presidente Donald Trump a fazer piada com o líder norte-coreano Kim Jong-un, ao chamá-lo de "rocket man" ("homem-foguete"), enquanto o ditador ameaçou os Estados Unidos com a destruição nuclear.Em 2018, no entanto, Kim adotou um tom mais conciliador e aceitou o convite para que seu país participe do que está sendo chamado de "Jogos da Paz".As duas Coreias organizaram uma incomum reunião de alto nível no mês passado. Na sexta, o chefe de Estado honorário da Coreia do Norte, o presidente do Presidium da Assembleia Popular Suprema, Kim Yong-nam, deve viajar para o Sul na sexta-feira, ao lado da irmã do líder do país, Kim Yo-jong. Ela será o primeiro integrante da família que governa a Coreia do Norte a visitar o país.- 'Sequestrar os Jogos' -O primeiro-ministro japonês disse apreciar as negociações entre o Norte e o Sul sobre os Jogos Olímpicos, mas ressaltou que todos devem enfrentar o fato de que a Coreia do Norte avança com seus programas nuclear e de mísseis.Durante uma escala no Alasca, Pence não descartou uma reunião com a delegação norte-coreana que comparecerá à cerimônia de abertura. Em Tóquio, porém, retomou o discurso mais firme, declarando que não se deve permitir à Coreia do Norte "sequestrar a mensagem e as imagens dos Jogos Olímpicos"."Não permitiremos à Coreia do Norte esconder, por trás da bandeira olímpica, a realidade de que escraviza sua população e ameaça a região", disse.As declarações de Pence coincidem com o anúncio de que Kim Yo-jong desembarca no vizinho do Sul na sexta-feira, dia da abertura dos Jogos Olímpicos, e da chegada, nesta quarta, de 220 animadoras de torcida norte-coreanas à sede do evento.Não está claro quanto tempo vai durar a distensão após os Jogos, especialmente quando Estados Unidos e Coreia do Sul retomarem os adiados exercícios militares anuais, que sempre irritam Pyongyang.Na terça-feira, a agência estatal de notícias norte-coreana afirmou que a retomada das manobras conjuntas devolverá a península à "nefasta fase de catástrofe".O papa Francisco quis contribuir para suavizar a desconfiança com um elogio do desfile conjunto das delegações das duas Coreias.É um gesto que "dá esperança de um mundo melhor no que os conflitos se resolvem pacificamente", disse seu audiência geral semanal no Vaticano.Por sua vez, a Rússia anunciou que começou a repatriar os trabalhadores norte-coreanos presentes em seu território, em aplicação das sanções adotadas no final de dezembro pelo Conselho de Segurança da ONU.

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