Al-Qaeda na Península Arábica é considerada o braço mais perigoso da rede fundada por Osama bin Laden
Pelo menos 56 soldados e policiais iemenitas morreram nesta sexta-feira (20) em três ataques da Al-Qaeda contra posições militares e as forças de segurança no sul do Iêmen. Os ataques foram cometidos na província de Chabwa. A ação mais violenta foi executada por um carro-bomba, que matou 38 militares responsáveis pela segurança dos campos de petróleo da região. "Aconteceu um confronto entre os militares e os criminosos na entrada do acampamento e depois um carro-bomba invadiu o local. A explosão matou 38 soldados", declarou à AFP uma fonte do governo de Ataq, capital da província de Chabwa. Simultaneamente ao ataque a um acampamento militar, perto de Ataq, "um terrorista a bordo de um carro-bomba detonou os explosivos antes de chegar ao seu alvo, um posto do exército em Al-Nusheiba, um pouco mais distante", afirmou à AFP uma fonte militar. Dez soldados morreram na explosão. Os criminosos capturaram os militares depois do ataque em Al-Nusheiba, informaram testemunhas ouvidas pela AFP. Um terceiro ataque contra um acampamento das unidades especiais das forças de segurança matou oito policiais em Maifaa. Segundo fontes militares, os ataques aconteceram durante a madrugada na província de Chabwa, um reduto da Al-Qaeda, e foram cometidos pela rede extremista, muito ativa no sul e leste do Iêmen. Até o momento, no entanto, os ataques não foram reivindicados. A Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) é considerada o braço mais perigoso da rede fundada por Osama bin Laden, um saudita cuja família é originária do Iêmen. A rede terrorista aproveitou a fragilidade do governo central após uma revolta popular contra o ex-presidente Ali Abdullah Saleh em 2011 para reforçar a presença no leste e sul do Iêmen. Veja também Obama: 'Nossos corações ainda doem pelos mortos' "Oramos pela memória de todos os que foram tirados de nós - 3 mil almas inocentes", disse Obama Ataque contra chefe de milícia anti-Al-Qaeda O chefe da milícia, o xeque Wissam al-Hardan, não estava em sua casa na hora do ataque terrorista Primeiro-ministro do Iêmen escapa de atentado em Sanaa Desde o final da revolta que provocou a queda de Saleh, a situação no Iêmen é de instabilidade