BANCOS

Parlamento cipriota adota plano de reestruturação

Deputados suspenderam a sessão, deixando para mais tarde o exame de outros cinco textos

France Press
22/03/2013 às 19:20.
Atualizado em 25/04/2022 às 23:26

O Parlamento cipriota, reunido em sessão extraordinária, adotou nesta sexta-feira à noite uma lei sobre a reestruturação do sistema bancário, como parte do plano de resgate que Nicósia deve concluir até segunda-feira com seus parceiros europeus para evitar a quebra.Em seguida, os deputados suspenderam a sessão, deixando para mais tarde o exame de outros cinco textos ligados ao plano, incluindo o mais controverso, para estabelecer uma taxa excepcional, que poderá chegar a 15%, sobre os depósitos bancários a partir de 100.000 euros, segundo a televisão estatal.

A lei sobre a reestruturação dos bancos foi adotada por 26 votos a favor, dois contra e 25 abstenções.

Antes, os deputados haviam aprovado um texto criando um fundo de solidariedade e um outro limitando as movimentações de capital para evitar uma pressão muito forte sobre os bancos em sua reabertura, prevista para terça.

Estas medidas fazem parte de um "Plano B" que o governo tem dificuldade para aprovar após a rejeição na terça passada pelo Parlamento de um acordo com os credores internacionais prevendo uma taxa excepcional de até 9,9% para todos os depósitos bancários como contrapartida de uma ajuda de 10 bilhões de euros.

O Chipre deve encontrar até segunda-feira 7 bilhões de euros -- mais de um terço de seu PIB anual -- para desbloquear a ajuda internacional e fazer com que o Banco Central Europeu (BCE) continue a fornecer liquidez de urgência aos bancos cipriotas.

O texto sobre a reestruturação dos bancos havia sido apresentado pelo Banco Central cipriota com o objetivo de separar as boas dívidas das más nos bancos ameaçados, em particular no Popular Bank, segundo maior banco comercial do país.

Os ministros das Finanças da zona do euro se reunirão no domingo, em Bruxelas, para buscar uma solução à crítica situação de Chipre e do frustrado acordo de resgate, informaram três fontes ligadas às negociações.

A reunião "começará às 17H00 (13H00 Brasília) de domingo", disseram as fontes. "Será no domingo. É definitivo".

Em Washington, foi anunciado que a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, participará da reunião em Bruxelas.

"Podemos confirmar que a diretora vai participar da reunião do domingo", disse uma porta-voz do Fundo à AFP.

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