Espera-se que John Bercow, que já foi presidente da Câmara na legislatura anterior, seja reeleito sem oposição nesta segunda
O Parlamento britânico com mais homossexuais, mulheres e minorias étnicas da história, formado nas eleições de 7 de maio, se reunirá nesta segunda-feira (18) pela primeira vez após a vitória conservadora.Espera-se que John Bercow, que já foi presidente da Câmara na legislatura anterior, seja reeleito sem oposição.Posteriormente, os 650 deputados e mais de 800 membros da Câmara dos Lordes começarão a prestar juramento, primeiro em inglês e posteriormente, se desejarem, em gaélico, escocês, córnico (a língua da Cornualha, região do sudoeste da Inglaterra) e galês.O gaélico escocês será muito ouvido nesta ocasião graças à presença impressionante de 56 deputados do Partido Nacional Escocês (SNP), a terceira força da câmara baixa.Nesta segunda-feira, a rainha Elizabeth II fará seu discurso anual no Parlamento, um texto preparado pelo governo no qual são esboçadas as linhas gerais de atuação do próximo período e cujo conteúdo é debatido e votado pelos deputados.A reeleição do presidente da Câmara dos Comuns será feita sob a supervisão do trabalhista Gerald Kaufman, que atua há mais tempo como deputado (desde 1970).Um em cada três deputados (29%) são mulheres, ou seja, 191 do total de 650.A proporção difere entre os partidos: 43% dos deputados trabalhistas são mulheres, uma porcentagem que cai a 36% no caso dos nacionalistas escoceses ou a 21% entre os conservadores do primeiro-ministro David Cameron.Os deputados negros ou de minorias étnicas são 6,6% da câmara - 42 deputados - um número superior aos 4,2% da cÂmara anterior, mas que está longe dos 14% da sociedade.Já no caso dos homossexuais o número é similar. Trinta e dois deputados, 4,9% da Câmara, se identificam abertamente como gays, seis a mais que na legislatura anterior, e em torno da proporção de 5-7% dos britânicos.Doze destes deputados são conservadores, 13 trabalhistas e os outros do SNP."O Reino Unido tem o Parlamento mais homossexual do mundo", afirma o jornal The Guardian.