GUERRA

Parlamento britânico rejeita ataque do país à Síria

Rejeição não veio apenas da oposição, mas da própria base governamental conservadora

Da France Press
29/08/2013 às 19:34.
Atualizado em 25/04/2022 às 03:51
Está claro que o Parlamento britânico não quer uma ação militar britânica, disse Cameron após a votação; e o governo atuará em consequência disso, acrescentou (France Press)

Está claro que o Parlamento britânico não quer uma ação militar britânica, disse Cameron após a votação; e o governo atuará em consequência disso, acrescentou (France Press)

O Parlamento britânico rejeitou de forma surpreendente nesta quinta-feira (29) uma proposta do governo de David Cameron que abria a porta para uma resposta militar contra o regime sírio por ter supostamente recorrido a armas químicas. "Está claro que o Parlamento britânico não quer uma ação militar britânica", disse Cameron após a votação. "E o governo atuará em consequência disso", acrescentou. A moção do governo foi rejeitada por 285 deputados e aprovada por 272. A rejeição não veio apenas da oposição, mas também da própria coalizão governamental conservadora-liberal, que conta com 359 dos 650 assentos da Câmara dos Comuns. O resultado foi saudado com uma estrondosa ovação dos deputados, que foram repreendidos pelo presidente da Câmara. A Câmara dos Comuns se reuniu de urgência para discutir o texto do governo que abria a porta ao uso da força se ficasse comprovada a responsabilidade do regime sírio no ataque, que causou centenas de mortes, segundo a oposição síria. No debate, houve muitas referências à invasão do Iraque em 2003, que terminou com a queda de Saddam Hussein, mas sem que houvesse provas da existência de armas de destruição em massa que serviram de justificativa para uma ação dada pelo então primeiro-ministro Tony Blair. Cameron admitiu que não está convencido de que o regime Assad foi responsável pelo ataque químico de 21 de agosto, mas reconheceu que "não há 100% de certeza". "Não há 100% de certeza sobre quem é o responsável" do ataque de 21 de agosto, disse.

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