ÊXODO

Papa promete ajuda a refugiados que chegam à Europa

O pontífice prometeu apoio para as famílias que caminham pelas estradas da Europa e lembrou que a Igreja Católica 'caminha ao lado dos menos favorecidos'

France Press
25/10/2015 às 15:43.
Atualizado em 23/04/2022 às 03:38
O papa Francisco, na janela do Palácio Apostólico no Vaticano  (  AFP/ANDREAS SOLARO)

O papa Francisco, na janela do Palácio Apostólico no Vaticano ( AFP/ANDREAS SOLARO)

O papa Francisco prometeu a ajuda da Igreja para as famílias dos "refugiados que caminham pelas estradas da Europa", durante a tradicional missa de domingo do Angelus, pronunciado a partir da janela do Palácio Apostólico no Vaticano.  "A igreja não nos abandona", pediu o papa argentino, particularmente sensível ao tema por ser filhos de imigrantes italianos.  "Confesso que comparo as fotos dos fugitivos correndo pelas ruas da Europa à profecia do povo peregrino, uma realidade dramática de nosso tempo", disse o papa. "Essas famílias tão sofridas, retiradas de suas terras, tiveram presentes conosco no Sínodo dos bispos, em nossas orações e nossos trabalhos, através da voz de alguns dos pastores presentes na assembleia", afirmou.  "São pessoas em busca de dignidade, essas famílias em busca de paz continuam conosco, a Igreja não as abandona, porque fazem parte do povo que Deus quer libertar da escravidão e guiar rumo à liberdade", agregou.  Alternando caminhadas intermináveis, viagens por via férrea ou em barcos precários, milhares de refugiados continuam a chegar diariamente à Europa, desviando seu curso em função dos fechamento das fronteiras.  Mais de 600.000 pessoas atravessaram o Mediterrâneo desde o início do ano, uma onda sem precedentes que tem gerado uma crescente hostilidade para com os refugiados em muitos países. O papa, que de manhã havia presidido a missa solene de encerramento do sínodo dos bispos na basílica de São Pedro, lembrou que a Igreja "caminha ao lado dos menos favorecidos".  "A única forma de salvar os ricos e os primeiros é caminhar com os pobres e com os últimos", alertou. Francisco agradeceu também a Deus pelas três semanas de "intenso trabalho" durante a assembleia de bispos de todo o mundo, para debater sobre os rumos da família.  "Foi cansativo, mas um verdadeiro presente de Deus que seguramente vai render frutos", disse. 

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