JUDEUS

Ortodoxos se retratam após proibirem mulheres de dirigir

Carta emitida pelos líderes do grupo Belz dizia que as motoristas iam "contra as regras da modéstia" e advertia que as crianças transportadas por suas mães de carro seriam excluídas

AFP
06/06/2015 às 19:30.
Atualizado em 23/04/2022 às 11:27
A secretária de Educação, Nicky Morgan, classificou imediatamente a proibição como "completamente inaceitável" no Reino Unido (  AFP)

A secretária de Educação, Nicky Morgan, classificou imediatamente a proibição como "completamente inaceitável" no Reino Unido ( AFP)

Uma comunidade ultraortodoxa judaica de Londres recuou em uma recomendação que proibia mulheres de levar seus filhos ao colégio de carro, após uma advertência das autoridades, que classificaram a proibição como "completamente inaceitável".A carta emitida pelos líderes do grupo ortodoxo Belz dizia que as mulheres motoristas iam "contra as regras da modéstia" que impõem os preceitos dessa comunidade religiosa e advertia que as crianças transportadas por suas mães de carro seriam excluídas das salas.A secretária de Educação, Nicky Morgan, classificou imediatamente a proibição como "completamente inaceitável" no Reino Unido atual e a comissão de Igualdade e Direitos Humanos informou que a recomendação ia contra a lei e que era discriminatória.O grupo, que dirige duas escolas na área de Stamford Hill, no norte de Londres, disse agora que a carta, baseada no conselho do rabino Yissachar Dov Rokeach, o líder espiritual Belzer em Israel, não deveria ter sido enviada."O diretor enviou a carta em nome dos líderes espirituais da comunidade, que não levaram em conta as implicações deste tipo de política", declarou Ahron Klein, chefe executivo das escolas, em um comunicado."A escola acredita que as mulheres podem escolher se querem ou não dirigir, e nossa política é aceitar todas as crianças que são membros da nossa comunidade, como tem sido feito durante os últimos 40 anos".Esta comunidade ultraortodoxa foi fundada em Belz, Ucrânia, no século XIX e é formada por 10.000 famílias em todo o mundo, principalmente no Canadá, Estados Unidos e Israel.

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