A oposição da Nicarágua pediu para o governo a apresentar em 22 de abril sua proposta de reformas eleitorais, um tema crucial para solucionar a crise política que envolve o país há um ano
A oposição da Nicarágua pediu para o governo a apresentar em 22 de abril sua proposta de reformas eleitorais, um tema crucial para solucionar a crise política que envolve o país há um ano. "Pedimos ao governo que na segunda-feira 22 (...) apresente sua proposta de reformas eleitorais que deem aos nicaraguenses o direito de eleger livremente as autoridades por meio de eleições antecipadas, justas e transparentes", disse a Aliança Civil pela Justiça e pela Democracia (ACJD) em entrevista coletiva.A data para apresentar o plano de reformas, que de acordo com a oposição inclui a antecipação das eleições de 2021, coincide com a chegada de uma delegação da OEA, segundo a Aliança. As negociações para resolver a crise que deixou 325 mortos, centenas de pessoas presas por protestar e milhares de exilados entre os dois partidos foram suspensas em 3 de abril, depois que não houve progresso nos pontos sobre justiça e democracia. As delegações continuaram trabalhando para o cumprimento do acordo de libertar os manifestantes presos com a intervenção do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), explicou a oposição.Apesar do esforço do CICV para conciliar as listas de detentos e a apuração das mesmas, "nem um único preso político foi libertado sob o acordo", denunciou o grupo. A ACJD contabiliza 779 detentos, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) avalia 647, enquanto o governo reduz para 340. O governo libertou em 5 de abril, por "vontade própria" e na margem dos acordos com a oposição, 50 pessoas presas por participarem dos protestos, como disse em comunicado. Desde 27 de fevereiro, 200 prisioneiros foram transferidos para o regime domiciliar.jr/dga/ll