INTERNACIONAL

ONU: Suu Kyi deve deixar o governo por causa da limpeza étnica em Mianmar

A Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, que dirige o governo civil de Mianmar, deveria se afastar do cargo em protesto contra a limpeza étnica dos muçulmanos rohingyas pelo Exército nacional - declarou nesta quinta-feira (30) o alto comissário dos Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra'ad Al Hussein

AFP
30/08/2018 às 10:30.
Atualizado em 22/04/2022 às 16:10

A Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, que dirige o governo civil de Mianmar, deveria se afastar do cargo em protesto contra a limpeza étnica dos muçulmanos rohingyas pelo Exército nacional - declarou nesta quinta-feira (30) o alto comissário dos Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra'ad Al Hussein."Poderia não ter dito nada, ou melhor ainda, renunciar", disse Zeid Ra'ad Al Hussein em entrevista à BBC.Aung San Suu Kyi defendeu a atuação do Exército birmanês na crise e denunciou o "iceberg da desinformação" na imprensa internacional sobre o assunto. Na quarta-feira, Mianmar protestou contra as conclusões dos investigadores das Nações Unidas que acusaram o Exército birmanês de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra contra os rohingyas. "Não autorizamos à MEF (Missão de Estabelecimento dos Fatos da ONU) a entrar em Myanmar e, por isto, não aceitamos qualquer resolução do Conselho de Direitos Humanos", disse o porta-voz Zaw Htay, acrescentando que será criada uma "comissão de investigação independente" por parte de Mianmar para responder às "falsas acusações das agências da ONU".O relatório dos investigadores da ONU pede ao Conselho de Segurança que envie a situação de Mianmar à Corte Penal Internacional de Haia, ou que se crie um Tribunal Penal Internacional especial, como foi feito para a antiga Iugoslávia.Ao menos 700 mil rohingyas fugiram do norte do estado de Rakhin para Bangladesh depois de o governo birmanês lançar uma brutal repressão, em agosto do ano passado, contra rebeldes, em meio a relatos de incêndios, assassinatos e estupros praticados por soldados e máfias deste país majoritariamente budista.O governo civil permanece firme, desde 2017, na defesa dos militares, uma força política poderosa com a qual a ex-dissidente tenta trabalhar desde que chegou ao poder, em 2016.bur-dth/glr/me/mb/cn/tt

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Anuncie
(19) 3736-3085
comercial@rac.com.br
Fale Conosco
(19) 3772-8000
Central do Assinante
(19) 3736-3200
WhatsApp
(19) 9 9998-9902
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por