SOB SUSPEITA

ONU reduz força no Haiti após polêmica sobre cólera

Vítimas da epidemia abriram processo contra Nações Unidas, acusando soldados da missão de paz de ter espalhado doença

France Press
10/10/2013 às 20:21.
Atualizado em 25/04/2022 às 02:24

O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu nesta quinta-feira (10) reduzir a missão de paz da ONU no Haiti, em meio às acusações de que o contingente provocou a epidemia de cólera no país. Um dia após o início do processo de vítimas da epidemia contra as Nações Unidas, em um tribunal de Nova York, o Conselho de Segurança pediu à ONU que apoie os esforços haitianos para combater a cólera. A epidemia já matou mais de 8.300 pessoas desde outubro de 2010 e sua origem foi situada em um rio próximo ao campo dos capacetes azuis do Nepal, mas as Nações Unidas não reconhecem sua responsabilidade. O Conselho de Segurança decidiu reduzir a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) ao máximo de 5.021 soldados, contra os atuais 6.233, com base nos esforços para reduzir a presença do organismo internacional nas zonas onde a situação de segurança melhorou. A resolução do Conselho pede "às entidades da ONU, em coordenação com outros atores relevantes, que continuem apoiando o governo do Haiti para resolver as debilidades estruturais, em particular nos sistemas sanitários e de abastecimento de água" do país, que ainda luta para se recuperar de um devastador terremoto em 2010.

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