Os responsáveis devem ser apresentados à Justiça", disse a porta-voz da organização
A Organização das Nações Unidas (ONU), por intermédio da porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Cécile Pouylly, apelou nesta terça-feira (4) para as autoridades da Turquia promoverem um inquérito independente para investigar as ações da polícia durante os protestos, que ocorrem desde o dia 31 no país.
O recado foi dado em nome da alta comissária da ONU, Navi Pillay. Ela pediu que o governo da Turquia conduza um inquérito “rápido, completo, independente e imparcial”. “Os responsáveis devem ser apresentados à Justiça”, disse a porta-voz. Ela pediu ainda que os manifestantes feridos tenham acesso rápido a cuidados médicos.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Ergodan, admitiu que houve “erros, excessos na resposta da polícia” e se comprometeu a atuar contra os agentes que tenham agido de forma desproporcionada.
Pelos dados divulgados na Turquia, duas pessoas morreram, o mesmo número está em estado grave e 220 ficaram feridas, inclusive policiais, em Istambul e Ancara, a capital do país.
Os protestos foram provocados pela retirada de um acampamento pacífico no Parque Gezi, em Istambul. Em seguida, manifestantes intensificaram os protestos por discordar da política do governo e exigem a demissão do atual primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan. As manifestações já afetam o turismo nacional, uma das principais fontes de renda do país, fazendo cair em 30% as reservas nos hotéis.