BALANÇO

ONU alerta para proliferação de novas drogas

Até 1 de outubro do ano passado, foram detectadas 388 substâncias distintas no mundo, o que representa um "aumento de 11%" relativo a 2013 e o dobro em comparação com 2009

Da France Press
correiopontocom@rac.com. br
03/03/2015 às 19:25.
Atualizado em 23/04/2022 às 18:29

Traficantes trocavam dez tubos plásticos vazios por um cheio de cocaína (Cedoc/RAC)

O Órgão Internacional de Controle de Entorpecentes (OICE) manifestou nesta terça-feira sua preocupação com a proliferação de novas drogas elaboradas por traficantes para driblar as proibições, e informou que prevê um "problema cada vez maior" de saúde pública. "Recentemente tem surgido um número cada vez maior de novas substâncias psicoativas não submetidas a fiscalização, o que se tornou uma grande ameaça para a saúde pública e um verdadeiro fenômeno mundial", afirmou o OICE, organismo das Nações Unidas, em seu relatório anual publicado em Viena. Até 1 de outubro do ano passado, foram detectadas 388 substâncias distintas no mundo, o que representa um "aumento de 11%" relativo a 2013 e o dobro em comparação com 2009.Elaboradas rapidamente em laboratórios, as novas substâncias - entre elas canabinoides sintéticos - enganam as legislações dos diferentes países e se beneficiam de um vácuo jurídico que permite que sejam comercializadas, especialmente pela internet. "Tais substâncias se apresentam como alternativas 'legais' ou 'naturais' às sustâncias fiscalizadas, passando a ideia errada de que são seguras pelo fato de não estarem incluídas nos tratados de fiscalização internacional de drogas", alerta a junta. A organização destacou também uma queda importante da oferta mundial de cocaína sul-americana, com um "efeito palpável nos principais mercados de consumo".Na América do Norte e, em menor escala, na Europa, a oferta em 2014 "continua sendo consideravelmente inferior" aos níveis recorde alcançados em 2006. A evolução estaria ligada a uma diminuição de aproximadamente um terço das áreas dedicadas ao cultivo da coca em Colômbia, Bolívia e Peru, os três principais produtores mundiais da droga, entre 2007 e 2013.O organismo da ONU destaca em particular a situação na Bolívia, onde o cultivo da coca caiu para os 23.000 hectares em 2013, "a menor área desde 2002", e onde foram fechados 6 mil centros de produção de cocaína base em um ano, assim como 67 laboratórios clandestinos. O OICE também lamentou a legalização da maconha no Uruguai e em alguns estados dos Estados Unidos, julgando que a medida contraria o direito internacional. A junta manifestou "sua grande preocupação com os efeitos negativos que a legislação de fiscalização do Uruguai possa ter no funcionamento do sistema internacional de fiscalização de drogas".O Uruguai se tornou, em maio de 2014, o primeiro país a legalizar a produção, a distribuição, a venda e o consumo de maconha. 

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