As eleições legislativas de abril de 2018, que permitiram ao primeiro-ministro Vikor Orban obter um terceiro mandato, foram marcadas por "fraudes", particularmente na forma de intimidação de eleitores, denunciou uma ONG húngara neste sábado
As eleições legislativas de abril de 2018, que permitiram ao primeiro-ministro Vikor Orban obter um terceiro mandato, foram marcadas por "fraudes", particularmente na forma de intimidação de eleitores, denunciou uma ONG húngara neste sábado.Em um relatório, a organização Unhack Democracy Europe sustenta que o partido nacional-conservador de Viktor Orban obteve quase metade dos votos e dois terços dos assentos no Parlamento através de múltiplas irregularidades e fraudes.A ONG cita o transporte de eleitores de países vizinhos, incluindo da Ucrânia, a intimidação ou corrupção de eleitores, especialmente em povoados menores, a falsificação de votos por correspondência ou o desaparecimento de votos.Esses elementos geram "sérias" preocupações sobre a integridade das eleições europeias que acontecem na Hungria em 26 de maio, diz a ONG em seu relatório."A mesma autoridade eleitoral que esteve à frente das eleições marcadas por irregularidades no ano passado voltará a apurar os resultados", alerta um especialista citado no relatório.Questionado, o serviço de imprensa do governo absteve-se de comentar este relatório.Fidesz, o partido de Orban, lidera as pesquisas com 50% das intenções de voto.A Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) estimou em um relatório após as legislaturas húngaras de 2018 que a eleição ocorreu em condições satisfatórias, embora a capacidade dos eleitores de votar com pleno conhecimento da causa fosse dificultada pela "retórica xenofóbica prevalecente e parcialidade da mídia".pmu/mra/sg/me/age/mr