leitos de UTI

Ocupação se mantém abaixo de 60%

Pelo 12º dia seguido, taxas apontam tendência de queda de internações de pacientes graves

Maria Teresa Costa
10/09/2020 às 12:24.
Atualizado em 28/03/2022 às 16:10
O hospital de campanha do Anhembi foi desativado: Capital chegou a ter quatro unidades do tipo e hoje apenas duas estão em funcionamento (Divulgação)

O hospital de campanha do Anhembi foi desativado: Capital chegou a ter quatro unidades do tipo e hoje apenas duas estão em funcionamento (Divulgação)

A região de saúde de Campinas registra, pelo 12º dia consecutivo, taxas de ocupação de leitos de UTI abaixo de 60%, apontando uma tendência de queda de internações de pacientes graves infectados pelo novo coronavírus. A taxa de ontem ficou em 56,7%, com uma redução de 17,8% na média móvel diária de internações dos últimos sete dias, comparada com a semana anterior. Boletim da Secretaria de Estado da Saúde aponta queda nos registros de novos casos da doença, das mortes pela Covid-19 e internações de doentes graves. Os 42 municípios da região somam 92.795 casos desde o início da pandemia e 2.911 mortes. Na semana de 2 a 9 de setembro foi confirmada a média de 620 casos diários de infecção pelo novo coronavírus, uma queda de 17,8% na comparação com a semana de 26 de agosto a 1 de setembro. Nos últimos sete dias houve média diária de 18 mortes, queda de 24,1% em 14 dias. Na última semana, a média diária de internação de pacientes graves foi de 105 — entre os dias 26 de agosto e 1 de setembro foi de 133. Especialistas consideram que se o percentual for de até 15%, é considerado estável. Se for acima de 15% positivos, está em crescimento. Se for mais de 15% negativos, está em queda. Em live, ontem, o governador João Doria (PSDB) informou que o Estado caminha pata a quinta semana consecutiva de redução de óbitos — houve queda de 30% no número de mortes de domingo até ontem em relação ao mesmo período da semana passada: foram 729 mortes entre 30 de agosto e 2 de setembro, contra 508 óbitos entre os dias 6 e 9 de setembro. "Estamos em uma faixa descendente em todo o Estado de São Paulo. As internações também estão caindo pela oitava semana seguida e o número de ocupação de leitos de UTI no Estado é o menor desde a implantação do Plano São Paulo", afirmou. A taxa ontem estava em 53,1%. O secretário executivo do Comitê de Contingenciamento da Covid-19, João Gabbardo, afirmou que a população deve compreender que uma vida nova e plenamente produtiva só ocorrerá com a vacina. "Enquanto não tivermos a vacina imunizando todos os brasileiros, nós estaremos em faixa de risco e o risco só se controla com máscara, com distanciamento social com higiene das mãos, com procedimentos e cuidados adotados para evitar a contaminação e a partir da contaminação, o risco de óbito", disse. Hospital de Campanha O hospital de campanha do Anhembi, na Capital, foi desativado ontem. Construída em caráter de urgência pela Prefeitura, a unidade fechou as portas após quase cinco meses. Durante a pandemia, a capital paulista chegou a ter quatro hospitais de campanha, mas agora só dois continuam funcionando, ambos do governo do Estado, e tratam de menos de 150 pacientes no momento. Um deles, em Heliópolis, também deve fechar. Mais de 5,5 mil pessoas chegaram a ficar internadas nos hospitais de campanha da cidade. A queda na demanda, entretanto, é o argumento da Prefeitura e do Estado para encerrar as atividades nesses locais. Mais da metade das cidades não registra morte Mais da metade dos municípios do Estado de São Paulo não apresentou nenhuma morte por Covid-19 nos últimos sete dias. O coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, disse ontem que, dos 645 municípios paulistas, 321 não registram mortes provocadas pelo novo coronavírus há 14 dias. Se forem considerados apenas os últimos sete dias, não há registro de mortes por Covid-19 em 422 cidades. "São indicadores bastante positivos", afirmou Gabbardo. Nesta semana, o estado vem apresentando novamente queda no número de óbitos e no número de novas internações pela doença. Os dados desta semana, no entanto, só serão finalizados no próximo sábado. "Melhoramos nossos indicadores, mas não estamos no nosso normal. Enquanto isso, as regras sanitárias de distanciamento e de evitar aglomerações são necessárias", disse Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde. Com 7.793 novos registros da doença e mais 391 mortes nas últimas 24 horas, o estado de São Paulo soma agora 866.576 casos confirmados do novo coronavírus, com 31.821 mortes. Do total de casos diagnosticados, 717.423 pessoas estão recuperadas, sendo 96.163 após internação. Há 4.525 pessoas internadas em unidades de terapia intensiva (UTI) de todo o estado em casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus, além de 6.059 em leitos de enfermarias. A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 53,1% no estado (a mais baixa desde o início da pandemia) e de 52,6% na Grande São Paulo. (Da Agência Brasil)

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