SÍRIA

Obama quer avaliação definitiva sobre armas

Governo reconheceu, pela primeira vez, que o regime sírio provavelmente utilizou armas químicas

26/04/2013 às 13:52.
Atualizado em 25/04/2022 às 18:46
Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama durante discurso (France Press)

Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama durante discurso (France Press)

O presidente americano, Barack Obama, espera uma avaliação definitiva sobre se o regime sírio utilizou armas químicas contra os combatentes rebeldes antes de tomar uma decisão, anunciou a Casa Branca nesta sexta-feira.

"Estamos trabalhando para estabelecer fatos confiáveis e corroborados", disse o porta-voz presidencial, Jay Carney, aos jornalistas. "O presidente quer os fatos", acrescentou, afirmando que não há prazos para eventuais medidas americanas.

O governo dos Estados Unidos reconheceu na quinta, pela primeira vez, que o regime sírio provavelmente utilizou armas químicas, ressaltando, contudo, que as informações disponíveis são insuficientes para ter certeza que Damasco cruzou a "linha vermelha" traçada por Obama.

"A comunidade americana de espionagem concluiu, com diferentes graus de certeza, que o regime sírio utilizou armas químicas em pequena escala na Síria, em particular (gás) sarin", explicou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional (NSC), Caitlin Hayden, pouco depois de o secretário de Defesa, Chuck Hagel, ter divulgado essa informação durante visita a Abu Dhabi.

No jargão dos serviços de inteligência dos Estados Unidos, "diferentes graus de certeza" significa que as diversas agências não estão todas de acordo, explicou um funcionário do Pentágono à AFP.

A Casa Branca confirmou que uma carta foi enviada a vários membros do Congresso, mas que ainda não há provas formais.

A avaliação se fundamenta "em parte em amostras" retiradas de pessoas, revelou Hayden, mas "a cadeia de transmissão (das amostras) não está clara, por isso não podemos confirmar como a exposição (ao sarin) aconteceu".

O gás sarin é um poderoso gás neurotóxico descoberto na véspera da Segunda Guerra Mundial, na Alemanha. O simples contato com a pele atua no sistema nervoso e pode levar à morte por parada cardiorrespiratória. É inodoro e incolor.

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