EUA

Obama pede fim da 'farsa' e do bloqueio orçamentário

Falta de acordo entre republicanos e democratas paralisa desde terça a administração americana

France Press
05/10/2013 às 10:09.
Atualizado em 25/04/2022 às 00:51
Presidente afirmou que não pagará um resgate em troca da reabertura do governo (France Press)

Presidente afirmou que não pagará um resgate em troca da reabertura do governo (France Press)

O presidente americano Barack Obama aumentou a pressão sobre os republicanos neste sábado (5) ao pedir ao Congresso o fim da "farsa" e o fim imediato do bloqueio da aprovação de um orçamento que paralisa o governo federal. "Façam a votação. Parem com esta farsa. Acabem com a 'paralisação' (shutdown em inglês) agora", disse o presidente aos representantes republicanos em seu programa semanal de rádio. A falta de acordo entre republicanos e democratas sobre o orçamento paralisa desde terça-feira a administração americana e não parece estar perto de uma solução. O Senado já aprovou o orçamento e "existem suficientes votos republicanos e democratas na Câmara de Representantes que desejam fazer o mesmo, e acabar com esta paralisação imediatamente", disse Obama. "Mas a extrema-direita do Partido Republicano não permite ao presidente da Câmara John Boehner submeter a lei à votação", completou. Obama já havia declarado na quinta-feira que Boehner tentava satisfazer os extremistas do partido. O presidente afirmou que "não pagará um resgate em troca da reabertura do governo". "E com certeza não vou pagar um resgate em troca do aumento do teto da dívida". O presidente se recusa a negociar com os republicanos com base em condições como cortes no orçamento da lei de saúde - a principal conquista de Obama -, aprovada em 2010 e referendada pela Suprema Corte. Os republicanos ameaçam condicionar a negociação do orçamento à autorização para o aumento do teto da dívida dos Estados Unidos. Sem um acordo que permita aumentar o teto legal de endividamento do país - atualmente de 16,7 trilhões de dólares -, os Estados Unidos poderiam entrar em moratória pela primeira vez na história. "Por mais que uma paralisação do governo seja imprudente, uma paralisia econômica provocada por um 'default' seria dramaticamente pior", disse Obama. O presidente americano afirmou que "sempre estará disposto a trabalhar com todos, de cada partido, sobre os meios para melhorar o crescimento, criar novos empregos e colocar em ordem o orçamento a longo prazo". "Mas sob estas ameaças contra nossa economia", advertiu. Desde terça-feira o governo dos Estados Unidos fechou alguns serviços não essenciais da administração pública e determinou férias forçadas para 800.000 funcionários pela falta de acordo sobre o orçamento no Congresso. Veja também Japão teme por economia internacional devido aos EUA Temor é que situação provoque venda de dólares e compra de ienes, elevando divisa nipônica Obama ataca diretamente os republicanos por paralisação Obama disse que Boehner pode reabrir o governo e mandar de volta ao trabalho milhares de pessoas Obama convoca republicanos e democratas para diálogo Presidente afirmou que não negociará com os republicanos até a liberação dos recursos do governo Paralisia americana ameaça pacientes com câncer Cerca de 200 pacientes não poderão iniciar o tratamento para câncer a cada semana, incluindo 30 crianças

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