No total, cerca de 28.500 pessoas passam as noites em barracas, carros ou ao relento, segundo o último levantamento das autoridades locais
Acampamento de sem-teto em um viaduto da cidade de Los Angeles (Mark Ralston/France Press)
O número de moradores de rua voltou a crescer este ano em Los Angeles, considerada uma das cidades com mais sem-teto dos Estados Unidos, devido a um déficit "histórico" de habitações, revela um estudo do município publicado nesta quarta-feira (4). No total, cerca de 28.500 pessoas passam as noites em barracas, carros ou ao relento, segundo o último levantamento das autoridades locais, o que revela um crescimento de 11% em relação à 2015. No conjunto do condado de Los Angeles, o aumento foi de 5,7%, para o total de 46.874 pessoas. Nova York é a cidade com mais sem-teto dos EUA, com cerca de 57 mil, mas 95% dormem em albergues noturnos financiados com fundos públicos. Entre os sem-teto de Los Angeles, entre 2 e 6 mil estão no paupérrimo bairro de Skid Row, situado no centro da cidade. A maioria é de afro-americanos que sofrem de problemas mentais. "Apesar dos progressos, Los Angeles enfrenta um déficit histórico de residências e uma crise de doentes mentais impactante, enquanto, a cada dia, mais veteranos de guerra se tornam indigentes", assinalou o prefeito Eric Garcetti. "Como cidade, temos lançado iniciativas para encarar estes problemas, obtendo investimentos federais recordes para ajudar as famílias dos veteranos traçando uma ampla estratégia de levantamento de indigentes e expandindo o programa de albergue durante o inverno".