tragédia em Brumadinho

Número de mortos sobe para 34: são 300 desaparecidos

O governo brasileiro impôs uma primeira multa de 250 milhões de reais (66,5 milhões de dólares) à empresa Vale

France Press
26/01/2019 às 15:24.
Atualizado em 05/04/2022 às 09:27

O número de mortos pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, subiu de 11 para 34 - aponta o último balanço oficial divulgado pelas autoridades neste sábado à tarde (26). O Corpo de Bombeiros informou ainda que, até o momento, há 23 feridos nessa tragédia que deixou cerca de 300 desaparecidos. O Ministério do Meio Ambiente impôs uma primeira multa de 250 milhões de reais à empresa Vale. O ministro Ricardo Salles disse neste sábado à AFP que "já foi aplicada" a sanção por crimes ambientais de 250 milhões de reais. O Ibama confirmou a informação em nota. "Os danos ao meio ambiente decorrentes do rompimento de barragens da mina Córrego do Feijão resultaram até o momento em cinco autos de infração no valor de R$ 50 milhões cada, o máximo previsto na Lei de Crimes Ambientais", informa o comunicado. A mineradora foi multada por poluição de terra e água, eventuais ameaças à saúde humana e causar morte de espécies de animais. O Ibama informou que eventuais infrações por irregularidades na atividade de mineração cabem à secretaria estadual de Meio Ambiente. O governo do estado de Minas Gerais prepara outra multa, informou uma autoridade da área ambiental à AFP. o Ibama enviou uma equipe a Brumadinho para avaliar se há mais danos ambientais e ajudar nas atividades de busca e resgate. A Vale terá 20 dias para contestar a multa, informou o Ibama. A Justiça de Minas já tinha decretado o bloqueio de um montante de 1 bilhão de reais das contas bancárias da Vale para ressarcir as vítimas. "Os envolvidos nessa tragédia serão punidos exemplarmente. Todas as medidas judiciais já foram tomadas, recursos na casa dos bilhões de reais bloqueados, de forma que a punição seja a mais rigorosa possível", afirmou à imprensa o governador de Minas, Romeu Zema. Zema declarou que "todo o rigor da lei" será aplicado contra os responsáveis pelo desastre. "Não podemos querer aqui no Brasil pena de morte se a lei não prevê isso. Aquilo que a lei prevê, será feito", disse

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