ESTADOS UNIDOS

NSA espionou Luther King e senadores dos EUA

Programa começou no final dos anos 60 e já era conhecido, mas os nomes das pessoas investigadas foram revelados só agora

France Press
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25/09/2013 às 21:54.
Atualizado em 25/04/2022 às 01:35

A Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos espionou o líder negro dos direitos civis Martin Luther King, o boxeador Muhamad Alí e até senadores críticos à guerra do Vietnã, revelam documentos publicados nesta quarta-feira. O programa, que durou seis anos e foi chamado de "Minarete", começou no final dos anos 60 e já era conhecido, mas os nomes das pessoas investigadas foram revelados apenas agora. Os documentos revelam que a NSA monitorou King e seu colega Whitney Young, Muhamad Alí, jornalistas do The New York Times e do The Washington Post, e os senadores Frank Church (Idaho) e Howard Baker (Tennessee). Os documentos foram publicados após um painel governamental decidir pela suspensão de seu sigilo, a pedido da George Washington University. O crescimento da oposição doméstica à guerra levou o presidente Lyndon Johnson a determinar, em 1967, que os serviços de inteligência verificassem se os protestos eram estimulados por países estrangeiros. Assim, a NSA atuou com outros organismos de inteligência para elaborar listas de críticos da guerra e monitorar seus telefonemas internacionais. O programa de vigilância prosseguiu após a chegada de Richard Nixon à Casa Branca, em 1969. O procurador-geral Elliot Richardson encerrou o programa em 1973, quando a administração Nixon começava a enfrentar o escândalo Watergate. Segundo os pesquisadores Matthew Aid e William Burr, os abusos de espionagem durante a Guerra do Vietnã superaram amplamente os atuais excessos da NSA denunciados pelo ex-consultor da agência Edward Snowden.

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