Os diplomatas da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) iniciaram nesta quarta-feira uma reunião em Haia sobre o caso do ex-espião russo Serguei Skripal, envenenado na Inglaterra
Os diplomatas da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) iniciaram nesta quarta-feira uma reunião em Haia sobre o caso do ex-espião russo Serguei Skripal, envenenado na Inglaterra.A reunião, a portas fechadas, foi convocada pelo Reino Unido depois que os inspetores da OPAQ confirmaram que Skripal e sua filha Yulia foram envenenados em Salisbury no mês de março com um agente nervoso, inoculado segundo o governo britânico de forma líquida e em uma quantidade reduzida.O embaixador britânico na OPAQ criticou durante a reunião o comportamento "irresponsável" da Rússia."O comportamento irresponsável da Rússia viola a proibição mundial de armas químicas e ameaça a segurança mundial", escreveu o embaixador no Twitter, depois de apontar Moscou como "único" responsável pelo envenenamento."A Rússia organiza uma campanha de desinformação sem vergonha e ataca a reputação e as competências da OPAQ", afirmou a delegação britânica."Acreditamos que apenas a Rússia dispõe dos meios técnicos, da experiência operacional e da motivação para atacar os Skripal", insistiu a delegação britânica.Após enviar especialistas à Inglaterra, a OPAQ anunciou na quinta-feira passada que as análises de laboratório "confirmam as descobertas do Reino Unido sobre a identidade do agente químico tóxico utilizado em Salisbury" para envenenar Serguei Skripal e sua filha.A OPAQ, no entanto, não revelou publicamente a substância em questão que, segundo o Reino Unido, era um agente neurotóxico do tipo Novichok, desenvolvido na União Soviética nos anos 1970.A OPAQ tampouco estabeleceu responsabilidades neste caso.Londres acusa Moscou, que defende sua inocência.