A lei anti protestos, em vigor desde 2013, criminaliza qualquer reunião de mais de cinco pessoas sem permissão prévia da polícia e impõe pesadas multas
Dezenas de mulheres realizaram uma vigília neste domingo em frente ao palácio presidencial na capital do Egito, pedindo a libertação de milhares de manifestantes presos e desafiando a lei que proíbe esse tipo de protesto. A polícia montou um cordão de isolamento em torno das mulheres, que carregavam fotos dos presos políticos.A lei anti protestos, em vigor desde 2013, criminaliza qualquer reunião de mais de cinco pessoas sem permissão prévia da polícia e impõe pesadas multas e penas de prisão para quem violar as regras. As autoridades dizem que a lei é necessária para acabar com o caos que assolou o país desde a revolução de 2011.Ativistas afirmam que a lei serve para calar opositores. Milhares foram presos acusados de realizar protestos ilegais e violentos. Alguns foram condenados a até 15 anos de cadeia. A defensora de direitos das mulheres Yara Sallam e a ativista Sanaa Seif foram presas há exatamente um ano por conta de um protesto em frente ao palácio presidencial. Elas foram condenados a dois anos de prisão e cumprem pena junto com outros 21 manifestantes presos no mesmo episódio.