INTERNACIONAL

Mulheres marcham por seus direitos no festival de cinema de Toronto

Cerca de 200 homens e mulheres, entre eles estrelas de Hollywood, se reuniram neste sábado nos arredores da sede do Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) para exigir igualdade salarial e respeito às mulheres que trabalham neste setor

AFP
08/09/2018 às 21:00.
Atualizado em 22/04/2022 às 04:27

Cerca de 200 homens e mulheres, entre eles estrelas de Hollywood, se reuniram neste sábado nos arredores da sede do Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) para exigir igualdade salarial e respeito às mulheres que trabalham neste setor. "As mulheres arrasam!", gritaram os manifestantes durante a marcha, em meio a crescentes chamados à indústria para que sejam realizadas mais histórias lideradas por mulheres e sejam destinados papéis substanciais para elas, na esteira do movimento #MeToo. Dirigindo-se à multidão, a atriz Geena Davis falou da necessidade de começar cedo a eliminar os preconceitos de gênero, por exemplo, assegurando-se que haja mais personagens femininos nos programas de televisão e filmes infantis. "Por que ensinamos às crianças uma coisa da qual nos esforçamos tanto para nos desfazermos mais adiante? Por que estamos treinando-os para que tenham um preconceito de gênero inconsciente desde o início, quando sabemos que é tão difícil se desfazer dele depois?", questionou. As atrizes Amanda Brugel, da série "Handmaid's Tale", e Mia Kirshner, cofundadora da campanha #AfterMeToo, também estiveram presentes, pedindo às pessoas da indústria do cinema que apoiem as vozes femininas. "Trata-se de que todos se unam e reconheçam uma cultura que é pouco saudável e tóxica e que não ajuda ninguém", disse à AFP Callum Middleton, um garçom de Vancouver de 23 anos que participou da marcha. Anteriormente, Cameron Bailey, chefe do Festival Internacional de Cinema de Toronto, reiterou o compromisso do TIFF com a igualdade de gênero na indústria. A proporção de filmes de mulheres exibidos no TIFF este ano foi de 35%, um pouco mais que em 2017. Também houve 136 protagonistas mulheres. O festival estabeleceu, ainda, uma linha direta para o pessoal, os voluntários, os convidados e os membros da audiência, e colocou cartazes destacando sua tolerância zero para o assédio ou o abuso.amc/ska/rbv/val/db

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