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MPF aponta avanços no controle da carne

Auditorias em empresas que vendem gado no Pará indicam que a maioria se comprometeu a aperfeiçoar controle da origem da matéria-prima

Agência Brasil
correiopontocom@rac.com.br
10/03/2018 às 21:36.
Atualizado em 23/04/2022 às 05:33

Auditorias em empresas que vendem gado no Pará indicam que a maioria se comprometeu a aperfeiçoar controle da origem da matéria-prima (Agência Brasil)

Auditorias feitas em algumas das principais empresas que comercializam gado, carne ou couro bovinos produzidos no Pará apontam que a maioria das companhias que se comprometeram a aperfeiçoar o controle da origem da matéria-prima adquirida de produtores paraenses vem implementando as medidas necessárias para garantir a legalidade e a sustentabilidade de sua linha de produção. As providências para tentar eliminar do mercado os produtos procedentes de terras públicas invadidas ou de áreas onde tenham sido constatados desmatamento ilegal ou trabalho escravo estão previstas em Termos de Ajuste de Conduta (TACs) assinados com o Ministério Público Federal (MPF) a partir de 2009, visando conter o desmatamento e a grilagem de terras no estado. De acordo com o MPF, na época da assinatura dos TACs, os frigoríficos não sofriam qualquer controle, o que favorecia a aquisição de gado criado em áreas com irregularidades socioambientais. Auditados por assessorias contratadas pelas próprias empresas, os primeiros resultados do acordo foram divulgados pelo MPF nesta sexta-feira (9), em Belém (PA). Apesar de reconhecer haver espaços para ajustes e para outras medidas, o procurador Daniel Azeredo destacou os resultados positivos dos TACs. “Os resultados evidenciam os avanços que já vínhamos constatando, como uma redução no nível de desmatamento no estado. A assinatura dos TACs não interrompe, mas freia o desmatamento”, disse o procurador, antes de ser questionado a respeito dos percentuais de evidências de que as empresas tenham adquirido gado com irregularidade. As auditorias em 38 unidades de 26 empresas clientes da agropecuária paraense indicam que, mesmo entre as maiores, os índices de suspeita de produtos irregulares dificilmente foram inferiores a 13%. “É preciso destacar que são evidências. Por conta da dificuldade de acesso às fontes de dados, não temos certeza de que, de fato, houve irregularidades. Pode ser um caso de distorção nas interpretações dos dados, que as empresas podem ter como justificar. Por isso, consideramos como aceitável um nível de evidências de irregularidades de até 30% [do total de gado adquirido]”, explicou o procurador.

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