As taxas de mortalidade por câncer nos Estados Unidos caíram novamente entre 2014 e 2015, mantendo uma tendência que começou em 1991 e que significou 2,4 milhões de mortes a menos, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira
As taxas de mortalidade por câncer nos Estados Unidos caíram novamente entre 2014 e 2015, mantendo uma tendência que começou em 1991 e que significou 2,4 milhões de mortes a menos, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira. Acredita-se que os avanços na detecção precoce e o tratamento, junto com uma diminuição do tabagismo, são responsáveis por grande parte da queda de 26% desde 1991, indicou o relatório anual da American Cancer Society. "Este novo relatório reitera onde funcionaram os esforços de controle do câncer, particularmente o impacto do controle do tabaco", disse Otis Brawley, diretor médico da entidade. "A diminuição no consumo de cigarros tem o crédito de ser o fator mais importante na queda das taxas de mortalidade por câncer", acrescentou. No entanto, indicou que "o tabaco continua sendo, de longe, a principal causa de mortes por câncer na atualidade, ao ser responsável por quase três de cada 10 falecimentos". A taxa de mortalidade por câncer nos Estados Unidos alcançou um máximo de 215,1 por cada 100.000 habitantes em 1991, e diminuiu para 158,6 por cada 100.000 em 2015. As mortes por câncer de pulmão diminuíram 45% entre os homens e 19% entre as mulheres. Os cânceres de mama, próstata, cólon e reto também reduziram acentuadamente. O relatório prognostica cerca de 1,7 milhão de novos casos de câncer e 609.640 mortes por esta doença nos Estados Unidos em 2018. "Durante a última década, a taxa geral de incidência de câncer foi estável entre as mulheres e diminuiu cerca de 2% por ano entre os homens", indicou. Embora o progresso seja significativo, ainda existem grandes disparidades raciais: a taxa de mortalidade por câncer em 2015 foi 14% mais alta entre as pessoas negras que entre as brancas, em comparação com um auge de 33% em 1993.