Os dossiês sobre jornalistas, políticos e cientistas que a Monsanto encomendou na França "muito provavelmente" existem em outros países, admitiu a empresa alemã Bayer, proprietária da sociedade biotecnológica americana, descrevendo essa prática como "inapropriada"
Os dossiês sobre jornalistas, políticos e cientistas que a Monsanto encomendou na França "muito provavelmente" existem em outros países, admitiu a empresa alemã Bayer, proprietária da sociedade biotecnológica americana, descrevendo essa prática como "inapropriada"."Parto claramente do princípio de que há outros países europeus afetados" e que "é muito provável que essas listas existam", disse Matthias Berninger, diretor de relações públicas da Bayer em uma teleconferência."Não disponho de informações concretas", mas o contrato entre a Monsanto e a agência de comunicação Fleishman Hillard, que estabeleceu essas listas com a posição das pessoas afetadas sobre questões como organismos geneticamente modificados, "se estendeu a toda a Europa", disse ele.A justiça francesa abriu uma investigação após a denúncia apresentada pelo jornal francês Le Monde e um de seus jornalistas, que apareceu em um dos dossiês.A denúncia é dirigida à pessoa responsável pela "recolha de dados pessoais através de meios fraudulentos, desleais e ilícitos". A Bayer se desculpou no domingo, mas disse que não via elementos que apontassem que as listas da Monsanto violavam a lei.A companhia também disse que vai cooperar com as autoridades judiciais francesas, que abriram uma investigação sobre as suspeitas de investigações ilegais por parte da gigante americana Monsanto.A Monsanto teria encomendando este material à agência de comunicação Fleishman Hillard, que compilou informações de centenas de políticos, cientistas e jornalistas, entre eles quatro da AFP.Uma tabela destaca 74 "alvos prioritários" divididos em quatro grupos: os "aliados", os "aliados potenciais para recrutar", as personalidades "para educar" e aqueles "para observar". ys/dar/al/mb