Modernização da TI empresarial é fundamental para melhorar oferta de produtos e serviços

Ao mesmo tempo em que a tecnologia e a digitalização proporcionaram uma série de oportunidades para as empresas, a alta velocidade das mudanças e a consequente transformação nos hábitos e desejos dos consumidores trouxeram grandes desafios para as organizações. Para atender a uma crescente demanda por agilidade, flexibilidade e estabilidade em larga escala, companhias de diversos segmentos estão repensando seus modelos de negócios, já que canais e serviços desconectados e processos legados resultam em experiências fragmentadas para os clientes.

Neste contexto, a TI empresarial aparece no centro das atenções. Abordagens tradicionais de infraestrutura dependem de integrações complexas, dificultando a alteração e adaptação de serviços. Por isso, contar com uma infraestrutura sólida e moderna, baseada em nuvem, é essencial para integrar soluções de maneira simplificada, readequar processos e manter o foco das equipes na busca por inovação e excelência. Um estudo recente do Boston Consulting Group projetou um aumento de 20% no uso dos serviços em nuvem em todo o mundo até 2025. Na América Latina, espera-se que esse mercado cresça 30% a cada ano.

Um exemplo claro de indústria que está passando por essa reinvenção é a financeira. A chegada de novos entrantes no mercado - como as fintechs -, deixou nítida a necessidade de uma modernização profunda em todo o sistema. Entre as principais requisições dos clientes, segundo pesquisa da EY realizada em 14 países, estão os chamados “superaplicativos”. Os apps combinam vários serviços (contas correntes e de poupança, investimentos e pagamentos) em um único lugar, proporcionando um maior grau de interação e uma melhor experiência digital. "Para atender esse patamar de exigência, as soluções open source vêm ganhando destaque, pois são capazes de suportar a transformação oferecendo padronização para distintos ambientes e um foco cada vez maior no desenvolvimento e implementação nativos na nuvem, fundamental para proporcionar suporte à inovação", explica German Soracco, VP de Vendas e líder dos Negócios em Nuvem da Red Hat para a América Latina.

Acelerando a inovação

Os serviços financeiros precisam simplificar a experiência da nuvem híbrida para inovar, criando e fornecendo aplicativos nativos da nuvem, o que diminui a fricção no processo de entrega de novos produtos e melhores serviços para os usuários. Com uma abordagem nativa da nuvem é possível entregar experiências omnichannel personalizadas e em tempo real aos clientes, além de construir e acessar ecossistemas digitais e parcerias para ofertar serviços integrados. Isso possibilita maior conformidade e segurança, acelera o desenvolvimento de software e reduz os custos de suporte.

Em um mundo onde as notificações por push e os pagamentos em tempo real são cada vez mais comuns, a adoção dessa abordagem ajuda as instituições a tornar suas arquiteturas de TI mais adaptáveis, confiáveis e eficientes para operar. "Uma infraestrutura open source, baseada na nuvem híbrida, permite às organizações financeiras operacionalizar o uso de tecnologias emergentes como Inteligência Artificial e Machine Learning (IA/ML). Soluções como o Red Hat OpenShift Data Science - disponível como um serviço gerenciado em todos os principais provedores de nuvem -, ajudam as empresas a lançar aplicativos inteligentes mais rapidamente e simplificar a integração do ciclo de vida de IA/ML e sua implantação", afirma Boris Kuszka, Diretor dos Arquitetos de Solução da Red Hat.

As operações baseadas nessa estrutura são fundamentais para extrair valor de um dos principais ativos da atualidade: os dados. Por meio de soluções de data science, as organizações podem utilizar informações-chave para identificar melhorias, tomar decisões mais estratégicas e inovar com foco no cliente, com segurança e confiabilidade. "Complementando o ciclo de transformação temos a automação, que pode ajudar instituições financeiras e seguradoras a gerenciar a segurança e a conformidade de forma mais abrangente e eficiente. A soma de todas essas ferramentas permite que os bancos reduzam o tempo de lançamento no mercado, acelerando o desenvolvimento e a entrega de produtos e serviços digitais responsivos por meio de novos canais e ofertas integradas", diz Thiago Araki, diretor de tecnologia e GTM para a América Latina na Red Hat.

Evolução constante

Outra indústria que vem repensando seus modelos de negócio e modernizando sua TI é a de telecomunicações. Com a ampliação da cobertura 5G e uma alta demanda dos consumidores de redes com alta velocidade, baixa latência e estabilidade, os provedores de serviços encontram nas soluções open source alternativas para oferecer serviços de qualidade. "Consistência é a chave para solucionar os principais desafios do setor. E ela começa com uma estratégia de nuvem eficaz, que permita que as operações implantem e orquestrem cargas de trabalho em várias infraestruturas de acordo com os requisitos de desempenho, segurança, conformidade e custo", diz Alejandro Raffaele, head de TME (Telecommunications Media and Entertainment) para a América Latina na Red Hat.

Segundo o executivo, os provedores de telecomunicações usam, em média, oito plataformas de nuvem, o que traz uma alta complexidade de gerenciamento. Por isso, um dos grandes desafios desse mercado é encontrar uma plataforma para gerenciar custos, melhorar a utilização de recursos e permitir uma infraestrutura mais ágil. "Com uma estratégia de código aberto, as telcos podem realizar uma transformação digital bem-sucedida, considerando flexibilidade, adaptabilidade, inovação, colaboração e segurança, acelerando as oportunidades de negócios", pontua Raffaele.

Não à toa, 97% dos provedores de telecomunicações afirmam que o open source é importante para suas organizações. Os padrões abertos preservam a compatibilidade e a portabilidade das soluções, dando aos provedores de serviços digitais liberdade, agilidade e flexibilidade para inovar. "As ferramentas de código aberto permitem escolher a infraestrutura de nuvem que melhor se adapta às cargas de trabalho e requisitos de cada companhia, entregando uma plataforma adaptável e propícia para a inovação. O Red Hat OpenShift, por exemplo, ajuda os provedores a aproveitar totalmente os benefícios da economia da nuvem, fornecendo novos serviços 5G mais rapidamente e otimizando o modelo operacional por meio de fluxos de trabalho simplificados", pontua Boris Kuszka, Diretor de Arquitetos de Solução da Red Hat.

O open source também vem sendo essencial para suportar o crescimento do 5G privado, rede móvel tecnicamente igual a uma rede 5G pública, mas que permite fornecer acesso prioritário ou licenciamento para seu espectro sem fio. Isso pode ser benéfico ao implantar redes sem fio privadas em instalações onde são necessários recursos de cobertura, velocidade e segurança além daqueles oferecidos por Wi-Fi e outras tecnologias de rede. As redes 5G privadas também permitem que as operadoras isolem total ou parcialmente os dispositivos dos usuários finais das redes públicas, reduzindo ameaças e limitando a exposição a interfaces públicas quando necessário, protegendo dados pessoais, propriedade intelectual ou outras atividades confidenciais.

Melhoria contínua

Para entregar operações autônomas consistentes que evoluem com inovação, a indústria de telecomunicações também está apostando alto na automação, que ajuda as empresas a se adaptar e dimensionar de forma rápida, confiável e econômica. De acordo com um estudo da Forrester Consulting, os provedores de serviços obtêm melhor desempenho do sistema, maior consistência, melhor gerenciamento de riscos e inovação mais rápida como resultado de uma forte estratégia de automação. Hoje, 72% das empresas do setor relatam a automação como uma de suas principais iniciativas.

"Para enfrentar novos desafios e superar as expectativas dos clientes, os provedores de serviços de telecomunicações precisam transformar suas redes e operações de ponta a ponta. Com o open source, operadoras tradicionais podem se reinventar com a adoção de abordagens de gerenciamento e arquiteturas de TI avançadas e de uma cultura mais ágil", finaliza Kuszka, da Red Hat.