Objetivo era conseguir mais dez dias de prazo para que senador afastado se defendesse do pedido de prisão apresentado pela Procuradoria-geral da República (
O senador afastado Aécio Neves (PSDB) (Divulgação)
O ministro Marcelo Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu neste sábado, 17, o recurso da defesa do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) que pedia mais dez dias de prazo para se defender do pedido de prisão apresentado pela Procuradoria-geral da República (PGR), alegando que a PGR apresentou "fato novo". Marco Aurélio considerou que os fatos poderão ser alvo de esclarecimentos da defesa a serem juntados ao processo. No documento enviado ao STF, o ministro utilizou uma postagem de Aécio em rede social na qual ele aparece ao lado dos senadores do PSDB Tasso Jereissati (CE), Antonio Anastasia (MG), Cássio Cunha Lima (PB) e José Serra (SP) e diz, na legenda, que a "pauta" da reunião são as "votações no Congresso e a agenda política". Para Mello, o encontro mostra que Aécio continua exercendo suas atividades político-partidárias, mesmo não comparecendo mais às sessões no Senado. Neste sábado, o ministro também negou que o pedido de prisão de Aécio seja apreciada pelos 11 ministros do plenário da Corte e não pela Primeira Turma, como solicitava a defesa. Marco Aurélio entendeu que "o desfecho desfavorável a uma das defesas é insuficiente" para este deslocamento e manteve a apreciação do caso na Primeira Turma para a próxima terça-feira, 20. A Primeira Turma - formada por Marco Aurélio, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes - negou o pedido de liberdade de Andrea Neves, irmã do senador, presa desde o dia 18 de maio pela Operação Patmos. O placar foi apertado e terminou em 3 a 2. Barroso, Rosa e Fux votaram pela manutenção da prisão, enquanto Marco Aurélio e Alexandre se manifestaram pela revogação da medida.