POLÍTICA

Marina Silva promete devolver credibilidade ao Brasil

A ambientalista Marina Silva (Rede) fará em outubro a terceira tentativa de chegar à Presidência com uma proposta para restaurar a credibilidade do Brasil

France Press
09/07/2018 às 10:39.
Atualizado em 28/04/2022 às 15:13
Marina Silva (Rede) (EVARISTO SA / AFP)

Marina Silva (Rede) (EVARISTO SA / AFP)

Em um país sacudido pela instabilidade política, os escândalos de corrupção e a crise econômica, a ambientalista Marina Silva (Rede) fará em outubro a terceira tentativa de chegar à Presidência com uma proposta para restaurar a credibilidade do Brasil. "Uma coisa muito importante é tirar o país da crise pela falta de investimento. Hoje não tem investimento no Brasil porque está todo mundo esperando que chegue um governo que tenha credibilidade, legitimidade, para saber o que vai acontecer, ter alguma segurança", explica em entrevista à AFP em Brasília. A sede do Rede Sustentabilidade, partido do qual é fundadora e pelo qual é pré-candidata às eleições de 7 de outubro, fica relativamente próxima à Esplanada dos Ministérios e à Praça dos Três Poderes, cenários dos esquemas e corrupção e intriga que jogaram na lama o prestígio da classe política brasileira. Mas a ex-ministra de Meio Ambiente e ex-senadora de 60 anos, se vangloria de não haver acusações contra ela e defende o "voto da mudança" para fechar o rombo da corrupção nas instituições, através de uma profunda reforma política. Trata-se de um grande desafio para a jovem democracia brasileira, depois das experiências traumáticas do impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, da prisão de seu antecessor e padrinho político, Lula, em abril deste ano, e das denúncias de corrupção que encurralaram seu sucessor, Michel Temer, bem como grande parte de seus ministros e de membros do Congresso. "Já se tem a clareza de que aqueles que criaram o problema não têm como resolvê-lo (...) Os grandes partidos, que aparentemente são contra um o outro, estão unidos num único objetivo: acabar com a 'Lava Jato'", a investigação que desvendou um gigantesco esquema de corrupção montado dentro da Petrobras, explicou. Segundo pesquisas de opinião, se a Justiça eleitoral inabilitar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) por ter sido condenado em segunda instância, como prevê a Lei da Ficha Limpa, Marina Silva ficaria em segundo lugar no primeiro turno, com 10% dos votos, atrás do ultradireitista Jair Bolsonaro, a quem venceria com facilidade no segundo turno.

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