Mais de 60 presos nos 40 anos do golpe no Chile

Sessenta e oito pessoas foram presas e cinco carros queimados em distúrbios registrados na madrugada desta quarta-feira (11), no início do dia de recordação dos 40 anos de golpe de Estado de Augusto Pinochet. Os incidentes explodiram durante a noite e se prolongara até a madrugada nas localidades periféricas de Santiago, onde foram queimados cinco carros e manifestantes fizeram várias barricadas para enfrentar a polícia. Em Providencia, o motorista de um ônibus público conseguiu impedir uma tentativa de queimar o veículos com passageiros a bordo. Para o diretor-geral dos Carabineros (polícia militar chilena), Gustavo González Jure, os incidentes registrados até agora "foram relativamente menores". "Até o momento, o balanço foi muito positivo em relação ao que se esperava", concordou o ministro do Interior e Segurança, Andrés Chadwick, ao entregar um primeiro balanço ao palácio presidencial de La Moneda. Nos dias anteriores, o governo expressou sua preocupação pelos atos de violência que podiam ocorrer nesta data, que nos anos anteriores registrou confrontos com a polícia nos bairros periféricos. Para evitar desordens, a polícia estabeleceu um plano especial de vigilância que compreende a mobilização de 8.000 policiais. O golpe de Estado de Pinochet, em 11 de setembro de 1973, derrubou o governo socialista de Salvador Allende, instalando por 17 anos uma ditadura que deixou mais de 3.200 mortos e 38.000 torturados.