INTERNACIONAL

Mais de 60 combatentes pró-governo morrem em ataques na Síria

Mais de 60 soldados e combatentes fiéis ao governo sírio morreram nos últimos dois dias em vários ataques extremistas, os mais letais desde a derrota anunciada do grupo Estado Islâmico (EI) há cerca de um mês

AFP
20/04/2019 às 15:10.
Atualizado em 04/04/2022 às 09:15

Mais de 60 soldados e combatentes fiéis ao governo sírio morreram nos últimos dois dias em vários ataques extremistas, os mais letais desde a derrota anunciada do grupo Estado Islâmico (EI) há cerca de um mês.Responsável por parte desses ataques, o grupo EI perdeu seu autoproclamado "califado" em um extenso território entre Síria e Iraque, em 23 de março passado, após anos de combates contra as Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança curdo-árabe que não tem qualquer vínculo com o governo de Bashar al-Assad.Ainda assim, os milicianos da organização, que encontraram abrigo principalmente no deserto sírio, continuam cometendo sangrentos ataques.De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), 27 soldados e combatentes pró-governo, "entre eles quatro oficiais sírios de alto escalão", foram abatidos nestas quinta e sexta-feiras em ataques reivindicados pelo EI no deserto do leste da província central de Homs.Os extremistas armaram uma "emboscada" para as forças do governo "que tentavam expulsá-los", anunciou o EI, por meio de seu órgão de propaganda Amaq.Os combates se prolongaram até ontem à noite. Seis extremistas perderam a vida, completou o OSDH.Já na província oriental de Deir Ezzor, oito combatentes pró-governo, incluindo dois oficiais, foram mortos na noite de quinta-feira, em um setor do deserto que vai do centro da Síria até a fronteira iraquiana, segundo a mesma fonte.- Ataque em Aleppo -Nos limites ocidentais de Aleppo (norte), o Exército Abu Bakr al-Siddiq, ligado ao Hayat Tahrir Al-Sham (HTS, um antigo braço da Al-Qaeda), rival do EI, atacou posições do governo e matou 21 combatentes, ainda conforme o OSDH. A ofensiva aconteceu após um bombardeio noturno das forças pró-governo.Outros cinco combatentes pró-regime morreram, também neste sábado, no nordeste da província de Latákia (oeste), em uma emboscada armada por uma facção extremista vinculada ao HTS.A província vizinha de Idlib (noroeste), praticamente fora do controle do Executivo de Al-Assad, está dominada pelo HTS. No início do ano, eles reforçaram sua presença neste território frente aos rebeldes, enfraquecidos.Um acordo firmado em 2018 por Moscou e Ancara (apoios do governo sírio e de alguns grupos rebeldes em Idlib, respectivamente) prevê o estabelecimento de uma "zona desmilitarizada" entre os setores jihadistas e dos insurgentes e aqueles controlados pelo governo sírio. O acordo é aplicado apenas parcialmente, porém.O destino dessa província estará no centro dos diálogos previstos para 25 e 26 de abril no Cazaquistão.Hoje, em Damasco, Al-Assad conversou com o vice-primeiro-ministro russo, Yuri Borisov, sobre como superar os obstáculos resultantes das sanções internacionais impostas à Síria, informou a Presidência.lar/tp/iw/zm/ra/tt

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