Maduro anunciou o rompimento de relações diplomáticas e políticas com os Estados Unidos
O presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou os Estados Unidos de dirigirem uma operação para impor um golpe de estado, horas depois de o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, ter se declarado presidente interino do país, nesta quarta-feira (23). Os EUA foram o primeiro país a reconhecer Guaidó como presidente interino. Na terça-feira, Maduro já havia ameaçado rever a relação entre os dois países. Maduro se pronunciou na sacada do Palácio Miraflores, onde anunciou o rompimento de relações diplomáticas e políticas com os Estados Unidos, e disse que os diplomatas norte-americanos têm 72 horas para deixar a Venezuela. Maduro afirmou também que os órgãos de justiça venezuelanos devem se apegar às leis contra Guaidó. Além disso, apelou às Forças Armadas por lealdade e disciplina: "Leais sempre, traidores nunca". Após o término do discurso, o presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, que estava ao lado de Maduro, convocou uma vigília de apoiadores do presidente, no Palácio Miraflores, sede da presidência.