INTERNACIONAL

Maduro pede investigação de bispo por 'crimes de ódio'

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta segunda-feira (15) à Procuradoria e ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que investigue um bispo no contexto da "Lei do Ódio", que estabelece penas de até 20 anos

AFP
15/01/2018 às 21:40.
Atualizado em 22/04/2022 às 07:33

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta segunda-feira (15) à Procuradoria e ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que investigue um bispo no contexto da "Lei do Ódio", que estabelece penas de até 20 anos."Ele chamou o povo chavista de peste, teria que ver (...) se as palavras emitidas por algum desses personagens (da Igreja) não correspondem a verdadeiros crimes de ódio que pretendem gerar confrontos entre os venezuelanos", disse Maduro, no ato de apresentação de seu relatório de gestão à Assembleia Constituinte. "Somos cristãos, já não acreditamos em intermediários e menos nesses diabos com batina, amamos nosso Deus criador, a nossa Divina Pastora (...), mas vem um diabo com batina chamar o confronto entre venezuelanos, a guerra civil", acrescentou Maduro.O presidente fez a solicitação aos representantes da Procuradoria Geral, da Contraloria, da Defensoria Pública e do Tribunal Supremo de Justiça, todos acusados pela oposição de servir ao governo.Sem citar nomes, Maduro fez referência ao bispo de San Felipe (estado Yaracuy), Víctor Hugo Basabe, que pediu à Virgem da Divina Pastora, que livre o país "da peste" da corrupção política que leva o país "à ruína moral, econômica e social", segundo a imprensa local. Basabe se manifestou em uma missa celebrada durante a romaria em honra à Divina Pastora, celebrada neste domingo na cidade de Barquisimeto (250 km ao sudoeste de Caracas).A Assembleia Nacional Constituinte aprovou em novembro do ano passado em novembro passado uma lei que castiga com penas de prisão de dez a 20 anos aqueles que "promovam o ódio", e também prevê tornar ilegais partidos e fechar veículos de comunicação que o incitem.Um homem e uma mulher que protestaram no dia 3 de janeiro por falta de comida em Naguanagua, estado Carabobo, foram detidos e serão julgados por instigação ao ódio, na primeira aplicação da lei.O texto foi proposto pelo presidente após protestos opositores que deixaram cerca de 125 mortos entre abril e julho do ano passado.A oposição acusa o governo socialista de criminalizar o protesto e a dissidência con esta lei.mbj/mis/lp/cc/mvv

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