Frente a uma economia europeia em tímida reativação, banco concentra-se em economias emergentes
O banco espanhol Santander, número um da Eurozona por capitalização e com grande presença na América Latina, anunciou nesta quinta-feira um lucro líquido de 1,055 bilhão de euros no terceiro trimestre, quase nove vezes mais que o registrado há um ano, quando realizou fortes provisões. Este número é levemente superior às expectativas do mercado: sete analistas consultados pela agência financeira Dow Jones Newswires previam 1,005 bilhão de euros (1,385 bilhão de dólares). Diante de uma economia europeia e espanhola em tímida reativação, o banco se concentra nas economias emergentes, principalmente na América Latina e na Polônia, onde obteve 55% de seu lucro entre janeiro e setembro. "A América Latina fornece 49% dos lucros do Grupo (Brasil 24%, México 11% e Chile 6%); a Europa 40% (Reino Unido 15%, Espanha 7%, Alemanha e Polônia 6% cada um) e os Estados Unidos 11%", declarou. No terceiro trimestre, o banco também registrou um produto líquido bancário de 6,285 bilhões de euros, desta vez inferior ao previsto pelos analistas (6,566 bilhões) e em baixa de 15,5% interanual. Um ano antes, o Santander precisou sacrificar seu lucro, que havia caído a 122 milhões de euros, ao realizar 1,14 bilhão em provisões sob a pressão das autoridades espanholas, que obrigaram o conjunto do setor a se proteger de seus problemáticos ativos imobiliários, de valor incerto após a explosão da bolha em 2008. Uma tarefa que agora parece finalizada: "após vários anos de fortes saneamentos e fortalecimento do capital, o Banco Santander está preparado para um novo cenário de melhora da rentabilidade", afirmou em um comunicado o presidente da entidade, Emilio Botín.