ESALQ

Livro mapeia a evolução do agronegócio no País

A obra trata-se de um registro completo, que vai desde a figura de Jeca Tatu e Monteiro Lobato, ao profissional que alimenta as cidades

Alisson Negrinho
20/11/2017 às 20:12.
Atualizado em 23/04/2022 às 04:16
A obra trata-se de um registro completo, que vai desde a figura de Jeca Tatu e Monteiro Lobato, ao profissional que alimenta as cidades (Jonas Oliveira)

A obra trata-se de um registro completo, que vai desde a figura de Jeca Tatu e Monteiro Lobato, ao profissional que alimenta as cidades (Jonas Oliveira)

Atividades fundamentais para a economia brasileira, a agricultura e a pecuária sofreram diversas mudanças com o passar do tempo. Cientes da importância dos temas no País, engenheiros agrônomos formados na Esalq/USP 1967 lançaram um livro sobre a evolução do agro, intitulado “50 anos da Agricultura Tradicional ao Agronegócio”. A obra trata-se de um registro completo, que vai desde a figura de Jeca Tatu e Monteiro Lobato, ao profissional que alimenta as cidades e sustenta a balança comercial do Brasil. São abordadas áreas como pesquisa e ensino rural, agroindústria e extensão rural. Já na parte das estatísticas, foram ouvidas diversas instituições públicas e privadas que atuam no setor, como o professor Carlos Bacha, da Economia da Esalq. O prefácio do livro fica a cargo do engenheiro agrônomo Fernando Penteado Cardoso e traz aspectos históricos políticos e socioeconômicos, tendo como diferencial o apontamento da evolução da agricultura brasileira nas áreas de atuação desses esalqueanos. Para ilustrar a obra, foram utilizados gráficos, textos e imagens, que permitem acompanhar como os diversos setores rurais cresceram. Coordenador da comissão organizadora do livro, Amauri Dimarzio destacou a relevância da publicação. “Queremos deixar um legado, uma obra de relevância, que possa ser instrumento de estudos”, disse. Especialista em conteúdo sobre agricultura e meio ambiente, a jornalista Marlene Simarelli foi a responsável por assinar a organização da obra. De acordo com ela, o trabalho de entrevistar 200 pessoas não teria sido possível se não fosse a coordenação de Dimarzio e Ondino Bataglia. “Eu não teria conseguido sem eles. Esse é um livro que pode servir de referência e estímulo aos futuros profissionais da agronomia. A turma era formada por cerca de 200 alunos e ao menos 70 deles foram inovadores”, contou Simarelli. A jornalista contou que o livro possui 300 páginas, distribuídas ao longo de cinco capítulos. “Começa falando de como era o agro naquele período em que eles ingressaram na faculdade, contextualiza o agro na época, o País, além de aspectos econômicos e sociais. Essa contextualização é feita 50 anos depois, contando nesses mesmos segmentos até chegar na história deles hoje”, explicou. No legado deixado pelos profissionais que compuseram o livro, destacam-se: o desenvolvimento do ovo em pó, a introdução de novas e importantes cultivares de frutas que impactaram o setor, novas indicações de manejo e nutrição vegetal e animal, o início do zoneamento agrícola, a introdução de novas disciplinas no ensino da Agronomia, a introdução de estatísticas e índices inovadores em pecuária, avicultura e pesquisa. Além da própria Marlene, assinam os capítulos os integrantes da turma: Adilson Dias Paschoal, Amauri Dimarzio, Moacir José Costa P. de Almeida, João Domingos Vieira, Ondino Cleante Bataglia e o também jornalista Jeferson Batista. O livro começou a ser planejado em 2012 e elaborado a partir de fevereiro de 2013.

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