INTERNACIONAL

Líder opositor malaio será indultado para retornar à política

O rei da Malásia, Muhammad V, aceitou indultar imediatamente o líder opositor Anwar Ibrahim, detido por sodomia e corrupção, informou nesta sexta-feira o primeiro-ministro, Mahathir Mohamad, recém-empossado no cargo

AFP
11/05/2018 às 09:40.
Atualizado em 28/04/2022 às 08:25

O rei da Malásia, Muhammad V, aceitou indultar imediatamente o líder opositor Anwar Ibrahim, detido por sodomia e corrupção, informou nesta sexta-feira o primeiro-ministro, Mahathir Mohamad, recém-empossado no cargo."O rei indicou que está disposto a indultar Datuk Sri Anwar imediatamente", explicou Mahathir em entrevista coletiva. O anúncio foi feito um dia após Mahathir Mohamad, de 92 anos, tomar posse após uma inesperada vitória nas eleições legislativas realizadas na quarta-feira, derrotando a aliança da oposição. "Vamos iniciar o procedimento apropriado para obter um indulto para Datuk Sri Anwar. Isto significa um indulto total. Deveria ser libertado imediatamente após o benefício", disse o chefe de Governo.Mahathir havia se comprometido, em caso de uma vitória nas legislativas que permitisse sua chegada ao posto de primeiro-ministro, a ceder o cargo a Anwar, seu ex-inimigo, assim que este último, de 70 anos, deixasse a prisão.Os dois políticos se reconciliaram antes das eleições com o objetivo de retirar o poder do ex-premier Najib Razak, envolvido em um grande escândalo financeiro que abala a Malásia desde 2015.A coalizão opositora liderada por Mahathir e apoiada por Anwar obteve na quarta-feira uma grande vitória nas eleições sobre a Barisan Nasional (Frente Nacional, BN), a coalizão que governava a ex-colônia britânica desde sua independência em 1957.Anwar foi o braço direito de Mahathir quando este foi primeiro-ministro pela primeira vez (1981-2003), mas em 1998 foi destituído por divergências políticas.Depois de passar à oposição, Anwar foi condenado e preso ao final de um julgamento polêmico por sodomia e corrupção.O opositor voltou a ser condenado em 2015, desta vez durante o governo Najib, a cinco anos de prisão por sodomia, em um julgamento tão controverso quanto o anterior.A respeito de Najib, pouco depois do início de seu segundo mandato em 2013, um importante desfalque foi registrado nas contas do fundo soberano 1Malaysia Development Berhad (1MDB), criado por ele.O escândalo sobre o fundo de 10 bilhões de euros explodiu em 2015 e é investigado em vários países, especialmente em Cingapura, Suíça e Estados Unidos, o que contribuiu muito para a derrota de Najib nas legislativas.Questionado sobre o escândalo do 1MDB, Mahathir prometeu retomar as investigações e criticou o atual ministro da Justiça, Mohamad Ali Apandi, que isentou Najib."Ele escondeu provas de atos repreensíveis e isto não tem fundamento na lei. Nossa intenção é processar as pessoas que mostraram tendência à corrupção ou cometeram delitos de corrupção", disse Mahathir.sr/lr/fp

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