ATRASO

Lentidão na reconstrução de Gaza preocupa FMI

O custo econômico da guerra entre o Estado hebreu e os grupos armados palestinos foi avaliado em US$ 4 bilhões

France Press
19/05/2015 às 22:45.
Atualizado em 23/04/2022 às 13:11

O Fundo Monetário Internacional (FMI) manifestou, nesta terça-feira (19), sua preocupação com a lentidão na reconstrução da Faixa de Gaza, devastada pelo conflito com Israel em 2014."O processo de reconstrução em Gaza avança muito mais lentamente do que o previsto", declara o FMI em seu novo relatório sobre a economia palestina.O custo econômico dos 50 dias de guerra entre o Estado hebreu e os grupos armados palestinos no verão de 2014 foi avaliado em US$ 4 bilhões em Gaza, lembra o Fundo, observando que "dezenas de milhares" de casas e empresas foram destruídas, ou danificadas, nesse território submetido a um duplo bloqueio - israelense e egípcio."A despeito de progressos notáveis ligados ao encaminhamento de materiais para o reparo de casas, os maiores projetos de construção que são necessários para criar empregos continuam na espera", critica o FMI.Segundo a instituição, o atraso está relacionado, principalmente, a um aporte internacional menor do que o previsto.Dos US$ 3,5 bilhões prometidos em outubro passado na Conferência do Cairo - apenas para a reconstrução de Gaza -, pouco menos de 30% haviam sido, de fato, desembolsados até meados de abril, detalha o relatório do FMI.Também contribuem para o atraso na reconstrução a degradação das relações entre israelenses e palestinos e a divisão persistente entre o Fatah, no poder na Cisjordânia, e o Hamas, que controla Gaza."A reconciliação (dos movimentos palestinos) é necessária para que a recuperação de Gaza aconteça", afirma o relatório do FMI.O Fundo também expressou sua preocupação com as perspectivas da economia palestina, que entrou em recessão em 2014 pela primeira vez, desde 2006.A instituição teme que novas restrições israelenses possam ter um impacto "negativo" significativo. No início de 2015, Israel congelou o repasse de recursos devidos à Autoridade Palestina, em represália à adesão palestina ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

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