INTERNACIONAL

Kuczynski denuncia 'golpe' de Estado no Peru

O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, qualificou nesta quarta-feira de "golpe" de Estado o pedido de impeachment contra ele por seu envolvimento com o grupo brasileiro Odebrecht, e garantiu que defenderá sua "capacidade moral" diante do Congresso

Estadão Conteúdo
21/12/2017 às 08:14.
Atualizado em 22/04/2022 às 09:02

O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, qualificou nesta quarta-feira de "golpe" de Estado o pedido de impeachment contra ele por seu envolvimento com o grupo brasileiro Odebrecht, e garantiu que defenderá sua "capacidade moral" diante do Congresso."Defenderei minha capacidade moral" na sessão do Congresso que analisará o pedido de impeachment, declarou o presidente em breve mensagem transmitida em rede nacional, ao lado dos vice-presidentes, Martín Vizcarra e Mercedes Aráoz."A Constituição e a democracia estão sob ataque. Estamos diante de um golpe sob o disfarce de interpretações legais supostamente legítimas", advertiu o presidente, que pediu "desculpas" ao povo peruano por ter sido "desleixado" ao administrar seus negócios."O descuido e o desleixo são defeitos, mas nunca foram e jamais serão para mim ferramentas de desonestidade e muito menos de crime", afirmou Kuczynski, que denunciou "a atitude agressiva da maioria opositora que controla o Congresso", em referência ao partido de Keiko Fujimori."Nos primeiros quinze meses (de governo), cinco dos meus ministros foram censurados ou forçados a renunciar, um verdadeiro recorde histórico. Não somos perfeitos, mas agora fica evidente que desde o início se buscava chegar ao que ocorre hoje".O presidente apresentará suas alegações das 09h00 local (12h00 de Brasília) desta quinta-feira a um Congresso dominado pela oposição e decidido a destituí-lo.Kuczynski corre o risco de virar o primeiro presidente a perder seu posto por causa da Odebrecht, que admitiu ter pago milhões de dólares em propinas em vários países latinos-americanos para obter importantes contratos de obras públicas.A Odebrecht revelou que pagou quase cinco milhões de dólares por serviços de assessoria a empresas vinculadas a Kuczynski entre 2004 e 2013. A empresa afirmou, no entanto, que os pagamentos foram realizados de forma legal e não contaram com a participação do presidente.Do total, 782.000 dólares foram destinados a Westfield Capital, empresa de Kuczynski, quando ele era ministro da Economia e presidente do Conselho de Ministros do governo de Alejandro Toledo (2001-2006). Outros 4,05 milhões foram destinados para a First Capital, empresa de um ex-sócio.rc/fj/lr

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