INTERNACIONAL

Kremlin nega ter informado EUA sobre retirada de funcionários da Venezuela

O Kremlin negou nesta terça-feira ter informado Washington sobre a retirada da maioria de seus funcionários da Venezuela, ao contrário do que afirmou na segunda-feira o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

AFP
04/06/2019 às 07:40.
Atualizado em 31/03/2022 às 00:45

O Kremlin negou nesta terça-feira ter informado Washington sobre a retirada da maioria de seus funcionários da Venezuela, ao contrário do que afirmou na segunda-feira o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump."Isto é aparentemente uma referência indireta a informações da imprensa, porque não houve nenhuma mensagem oficial por parte da Rússia e não poderia existir", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov."Há na Venezuela especialistas (russos) que são responsáveis pela manutenção dos equipamentos militares fornecidos anteriormente. Este processo acontece de acordo com o previsto, o que significa que não estamos a par de nenhuma 'retirada de funcionários'", completou.Trump escreveu na segunda-feira no Twitter que a Rússia informou que "retirou a maioria de seus funcionários da Venezuela".Moscou enviou em março mais de 100 soldados ao país sul-americano para, segundo o Kremlin, apoiar o presidente Nicolás Maduro ante as ameaças de Washington de usar a força obrigá-lo a abandonar o poder.Estes militares foram mobilizados no âmbito de um acordo assinado em 2001, segundo o embaixador russo na Venezuela, Vladimir Zayomski.O Wall Street Journal afirmou no domingo que a Rússia havia reduzido a "dezenas" o número de assessores militares presentes na Venezuela para apoiar a Maduro.O jornal americano, que citou uma fonte próxima ao ministério russo da Defesa, mencionou a presença de mil soldados russos há alguns anos.A informação foi desmentida pelo grupo industrial militar russo Rostec, que afirmou que os números da presença russa na Venezuela foram "exagerados dezenas de vezes" pelo WSJ e que "a composição de oficiais permanece sem alterações há muitos anos"."Uma dezena de pessoas trabalham em nosso escritório em Caracas e sempre foi assim", afirmou na segunda-feira uma porta-voz da Rostec.A Venezuela enfrenta uma profunda crise política desde que o presidente do Parlamento, Juan Guaidó, se autoproclamou como presidente interino. Desde então ele foi reconhecido por mais de 50 países, incluindo Estados Unidos.A Rússia, aliada de Maduro, acusa o governo dos Estados Unidos de querer dar um golpe de Estado.or-pop/tbm/ra/erl/fp

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