INTERNACIONAL

Keiko Fujimori nega ter recebido dinheiro da Odebrecht

A líder opositora peruana Keiko Fujimori reiterou nesta quarta-feira (28) que nunca recebeu dinheiro da empreiteira Odebrecht, depois que um ex-encarregado da empresa entregou seu depoimento ante procuradores peruanos em São Paulo

AFP
28/02/2018 às 21:20.
Atualizado em 22/04/2022 às 14:54

A líder opositora peruana Keiko Fujimori reiterou nesta quarta-feira (28) que nunca recebeu dinheiro da empreiteira Odebrecht, depois que um ex-encarregado da empresa entregou seu depoimento ante procuradores peruanos em São Paulo."Quero ratificar a vocês o que disse muitas vezes: não recebi dinheiro de Marcelo Odebrecht, nem de sua empresa e que fique bem claro que tampouco do senhor Jorge Barata", assegurou Keiko em coletiva de imprensa acompanhada por dirigentes do partido Força Popular, que ela comanda.O procurador peruano José Domingo Pérez interrogou nesta quarta-feira Barata, ex-chefe da Odebrecht no Peru, sobre contribuições à filha do ex-presidente Alberto Fujimori, um dia depois que outro procurador o interrogou sobre doações ao ex-presidente Ollanta Humala (2011-2016).Os procuradores não revelaram o conteúdo dos interrogatórios, mas o jornal El Comercio publicou em seu site que "Barata detalhou que a Odebrecht contribuiu com US$ 1.200.000 à campanha presidencial de Keiko Fujimori em 2011".Entretanto, Keiko afirmou que "o senhor Barata assinalou que nunca lhe solicitei dinheiro, que nunca me entregou dinheiro e que nunca falou de apoio econômico algum comigo"."Espero que, depois destas declarações, a investigação contra a minha pessoa seja arquivada de uma vez por todas", acrescentou.Na segunda-feira, um tribunal peruano negou o pedido de Keiko e de seu marido para que a Procuradoria fechasse a investigação contra eles por lavagem de dinheiro.Segundo El Comercio, Barata admitiu que a empreiteira financiou as campanhas de ao menos seis políticos no Peru entre 2006 e 2013.Mencionou, de acordo com El Comercio, uma contribuição de 200 mil dólares ao partido de Alan García na campanha que o levou ao poder pela segunda vez, em 2006, o que foi negado pelo ex-presidente."Nem minha campanha nem o Partido Aprista receberam em 2006 qualquer doação da Odebrecht", disse García.Barata ratificou na terça-feira ante o procurador peruano Germán Juárez que entregou cerca de três milhões de dólares a Humala para sua campanha.O escândalo da Odebrecht também atingiu o ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006) e a Justiça resolverá na segunda-feira se autorizará sua extradição dos Estados Unidos.Igualmente chegou ao atual presidente, Pedro Pablo Kuczynski, que esteve perto de ser destituído pelo Congresso em dezembro, após a empresa admitir que pagou quase cinco milhões de dólares por assessorias a empresas ligadas a ele.cm/fj/yow/cb

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