O delegado que solicitou a suspensão dos serviços no ano passado, disse que pode voltar a fazer o pedido junto ao Judiciário porque a empresa ainda não colaborou
Para Lewandowski, o bloqueio foi uma medida desproporcional (AFP)
https://midias.rac.com.br/_midias/mp3/2016/03/03/ultimas_20160301_ag_cpi_crimes_ciberneticos-6580601.mp3O delegado Fabiano Barbeiro, que solicitou a suspensão dos serviços do aplicativo Whatsapp no Brasil em 2015, diz que pode voltar a fazer o pedido junto ao Judiciário. Segundo ele, a empresa ainda não forneceu as informações sobre investigados que podem ter relações com uma facção criminosa. Em julho do ano passado, a Polícia Civil pediu a quebra de sigilo de dados trocados via aplicativo, mas o Whatsapp, que pertence ao Facebook, não forneceu. Pouco tempo depois, a empresa foi novamente notificada e foi fixada multa, ainda assim sem resposta. O descumprimento levou o Ministério Público a requerer o bloqueio dos serviços pelo prazo de 48 horas. Outra medida possível é a responsabilização criminal de representantes da empresa no País. A revelação do delegado aconteceu no mesmo dia em que a Polícia Federal prendeu o vice-presidente do Facebook para a América Latina, Diego Dzodan, solto 24h depois. O executivo foi preso em Sergipe, pela falta de colaboração do WhatsApp em uma investigação sobre tráfico de drogas. Segundo notícia divulgado no site da Câmara dos Deputados, os responsáveis pelo aplicativo justificaram, em outra audiência realizada pela CPI dos Crimes Cibernéticos, não ser possível obter as mensagens já que, para manter a segurança dos usuários, elas são criptografadas. A empresa também disse que não armazena as conversas em seu sistema. Para o delegado, a empresa não diz a verdade já que uma mensagem não aberta, mas enviada, fica armazenada no sistema. Na opinião do delegado Fabiano Barbeiro, a empresa está sendo resistente devido a interesses comerciais. A presidente da comissão, deputada Mariana Carvalho, do PSDB de Rondônia, ponderou que é preciso encontrar uma solução que não puna os usuários, mas que também permita, caso necessário, investigações policiais. NOVIDADE O aplicativo ganhou nesta quarta-feira (2) o suporte para o envio de documentos. Ou seja, agora, é possível mandar arquivos no formato PDF para os amigos. Textos do Word, planilhas do Excel ou apresentações do PowerPoint ainda não podem ser compartilhadas no aplicativo. Para enviar basta clicar no ícone de anexos e clicar no ícone Documentos.