A Síria é considerado o país mais perigoso para os jornalistas; segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas, pelo menos 84 mortos desde 2011
Zaer al Alayi atuava como correspondente na Síria (Ozan Kose/France Press)
O jornalista Zaer al Alayi, presidente do Centro de Informação da Defesa Nacional em Damasco, morreu nesta segunda-feira (27) quando cobria confrontos entre o exército e os rebeldes, no bairro de Yobar, na capital síria, informaram ativistas e a imprensa. A agência de noticias oficial Sana, que descreveu Al Alayi como corresponsável da emissora Sham FM, explicou que o jornalista perdeu a vida durante a cobertura da operação das Forças Armadas contra “os terroristas takfiri” (muçulmanos radicais) em Yobar, no noroeste de Damasco, sem dar mais detalhes.O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) confirmou os dados e acrescentou que junto com o jornalista morreram três integrantes das forças do regime, entre eles dois oficiais. De acordo com a organização não governamental, Al Alayi seguia com o exército, as forças da defesa nacional – milícias pró-governamentais – e o grupo xiita libanês Hezbollah. Causa desconhecida É desconhecida ainda a causa exata da morte, embora o Observatório tenha destacado que o bairro de Yobar é cenário de troca de fogo e de combates entre os efetivos pró-regime e organizações rebeldes de tendência islâmica, entre as quais a Frente al Nsura, filial síria da Al Qaida. A aviação governamental efetuou hoje no local vinte bombardeios contra os oponentes.A Síria é considerado o país mais perigoso para os jornalistas, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPP), que contabilizou pelo menos 84 mortos desde 2011, enquanto cobriam o conflito.