Jihadistas fazem 200 civis curdos reféns

Grupos jihadistas ligados à Al-Qaeda tomaram como reféns cerca de 200 civis curdos depois de um combate feroz com combatentes curdos em duas aldeias no leste da Síria, de acordo com uma ONG síria. Os "combatentes da Al-Nusra e do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EILL) assumiram o controle da aldeia de Tall Aren, na província de Aleppo, e sitiaram outra aldeia próxima, Tall Hassel. Eles levaram cerca de 200 civis entre os habitantes das duas aldeias como reféns", indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) em um comunicado. Segundo o presidente do OSDH, Rami Abdel Rahmane, os confrontos tiveram "início domingo ao amanhecer após a convocatória de um dos líderes do EIIL a lutar contra a brigada curda" sob o comando do Exército Sírio Livre (ESL), principal formação da rebelião que combate as tropas do regime de Bashar al-Assad. Os jihadistas lançaram um ataque contra a sede de um batalhão desta brigada em Tall Hassel, matando seu chefe, informou à AFP. O ataque provocou violentos combates entre curdos e jihadistas nessas duas cidades, que terminaram com a morte de "16 curdos, incluindo 11 combatentes," e de 10 jihadistas, entre eles um líder da Al-Nusra, de acordo com o OSDH. Há duas semanas, violentos combates entre jihadistas e combatentes curdos no norte e nordeste do país têm sido registrados. Os curdos conseguiram expulsar os islamitas de várias áreas, principalmente da localidade de Ras al-Aïn, na fronteira com a Turquia. Os combates fizeram dezenas de mortes dos dois lados. Mais de 100.000 pessoas já morreram desde o início do conflito na Síria, segundo a ONU.