ISP releva recorde de apreensão de fuzis. (Divulgação)
Instituto de Segurança Pública revela estudo onde mostra que 843 áreas do estado do Rio de Janeiro foram oficialmente identificadas como sendo locais onde há "presença ostensiva de criminosos", com controle ilegal do território por parte de facções criminosas identificadas pela Polícia Militar. No combate ao crime organizado, a polícia conseguiu superar os números de apreensões de fuzis em 2016, chegando até outubro com expressivas 424 unidades apreendidas, representando uma média superior a uma arma ao dia. Do total de fuzis apreendidos, 38 foram montados, utilizando peças avulsas que chegam contrabandeadas do exterior para montar um fuzil genérico. A Receita Federal identificou 201 remessas postais com peças ou acessórios enviados clandestinamente ao Brasil para abastecer o crime organizado. No infográfico, é possível observar a evolução do volume de apreensões de armamentos no período de 11 anos, registrando quebra de recorde. O armamento de guerra, fuzil AK-47, está presente em quase todas as comunidades do Rio de Janeiro, sendo recorrente sua apreensão nas operações policiais. Baixa manutenção, alto poder de destruição e facilidade de uso com opção de disparo individual ou na função múltiplos disparos, como uma metralhadora, capaz de disparar 10 tiros por segundo com um calibre 7,62x39mm e um alcance efetivo de 300 metros são fatores de destaques do fuzil, que se caracteriza como o armamento de mão mais letal produzido na história. Estima-se que existam mais de 100 milhões de unidades espalhadas pelo mundo. Como se proteger de fuzil? Muitas pessoas, querendo se proteger da violência atual, acabam recorrendo à blindagem automotiva e agora mais intensamente a blindagem arquitetônica. Mas para ficar realmente protegido, é preciso que o cliente tenha conhecimento que as blindagens são classificadas em níveis de proteção balística. A tabela abaixo orienta os níveis de proteção de acordo com a norma de proteção ABNT NBR 15.000, que é a base de referência utilizada pelo setor de blindagem A mais comercializada é a de nível III-A, que oferece uma proteção segura, para a maioria das situações de risco, mas para se proteger do poderoso fuzil AK-47, é necessário um nível de proteção balística superior, que é classificado como nível III. Esta proteção superior pode ser aplicada em veículos de uso civil, mas o Exército exige autorização especial Devido ao seu peso mais elevado, é necessário que o automóvel tenha um motor V6 ou superior. A documentação para regularização desta blindagem também é mais rigorosa na avaliação do Exército, que é o responsável em emitir a autorização de blindagem No uso arquitetônico, a blindagem de nível III também é autorizada pelo Exército e pode ser aplicada em diversos tipos de construção, mas sem necessidade de autorização especial O CEO da empresa High Glass, Dimas Salesse, fabricante do vidro blindado da marca Blindex, comenta o aumento na procura pelos vidros blindados de nível III - "Neste ano de 2017 estamos recebendo muitos pedidos de vidros blindados arquitetônicos para proteção de nível III". Completa o empresário: "A população que não tem este conhecimento técnico, sempre nos procura perguntando do vidro para fuzil, deixando muito claro, em especial na cidade do Rio de Janeiro, que as constantes notícias de balas perdidas em razão da guerra do tráfico, tornam necessário este tipo de proteção em residências e comércios que estão próximos a estas comunidades, que passam por constantes conflitos, utilizando o fuzil AK-47".