INTERNACIONAL

Irmã de Kim Jong-un visitará Coreia do Sul

Kim Yo-jong, irmã do dirigente norte-coreano Kim Jong-un, viajará na sexta-feira (9) para a Coreia do Sul e assistirá aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang - anunciou o Ministério sul-coreano da Unificação nesta quarta-feira (7)

AFP
07/02/2018 às 10:30.
Atualizado em 22/04/2022 às 12:49

Kim Yo-jong, irmã do dirigente norte-coreano Kim Jong-un, viajará na sexta-feira (9) para a Coreia do Sul e assistirá aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang - anunciou o Ministério sul-coreano da Unificação nesta quarta-feira (7).Este é mais um sinal de reaproximação entre as duas Coreias, em uma península dividida por uma Zona Desmilitarizada desde o fim da guerra, em 1953.Membro da direção do partido único que governa a Coreia do Norte, Yo-jong é um dos nomes da delegação norte-coreana de alto escalão que deve chegar a Coreia do Sul na sexta-feira, liderada pelo chefe de Estado honorário da Coreia do Norte.As tensões entre o regime de Pyongyang e a comunidade internacional se agravaram em 2017, quando a Coreia do Norte multiplicou os testes militares. Essas atividades incluíram disparos de mísseis balísticos intercontinentais capazes de alcançar os Estados Unidos, assim como um sexto teste nuclear - o de maior potência até agora.Os Jogos Olímpicos Pyeongchang 2018 permitiram uma "distensão" entre as duas Coreias nas últimas semanas."É muito significativo que um membro da família Kim viaje para o Sul pela primeira vez na história", afirmou o professor Yang Moo-jin, da Universidade de Estudos Norte-Coreanos.Tudo leva a pensar que Kim Yo-jong se reunirá com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e lhe entregará uma carta pessoal de seu irmão, manifestando seu desejo de que os Jogos sejam um sucesso e que as relações bilaterais melhorem, acrescenta Moo-jin."Isso marcará a estreia de Kim Yo-jong na cena internacional", completou, apontando que "ela está sendo preparada por seu irmão para se tornar uma das personagens mais importantes da Coreia do Norte".Esta visita de três dias da delegação norte-coreana constitui o ápice diplomático da "distensão" entre as duas Coreias, mas os analistas advertem que essa aproximação pode não continuar após os Jogos.- Assunto de família -Na faixa dos 30, Yo-jong foi nomeada em outubro passado como integrante do gabinete político do Partido dos Trabalhadores da Coreia, órgão de tomada de decisões presidido por seu irmão.Ela foi vista acompanhando Kim Jong-un em "visitas de orientação" e coordenava as operações de propaganda do partido.O governo da Coreia do Norte sempre foi uma questão de família. Kim Jong-un representa a terceira geração que comanda o país, depois de seu pai, Kim Jong-il, e de seu avô, Kim Il-sung, fundador da Coreia do Norte.O atual dirigente e sua irmã são filhos da união de Kim Jong-il com sua terceira esposa, a ex-bailarina Ko Yong-hui.Outros membros da família tiveram destinos mais sinistros. O tio de Kim Jong-un foi executado por traição em 2013. Seu meio-irmão Kim Jong-nam foi assassinado no aeroporto de Kuala Lumpur há um ano.- O presidente Kim Il-sung -Depois de ignorar durante meses o convite de Seul para participar dos "Jogos da Paz", Kim Jong-un aquiesceu, em seu discurso de Ano Novo. O anúncio precipitou uma série de encontros, ao longo dos quais ambos os países decidiram desfilar juntos e formar uma equipe conjunta de hóquei sobre o gelo feminino.A delegação norte-coreana estará oficialmente dirigida por Kim Yong-nam, presidente do Presidium da Assembleia Popular Suprema (o Parlamento controlado pelo partido único), cargo que lhe outorga funções com honras de chefe de Estado.Apesar de seu papel diplomático - ele representa Pyongyang nos eventos internacionais -, seu poder político real é incerto.Não tem o título de presidente da Coreia do Norte, título tampouco ostentado por seu líder Kim Jong-un. Embora tenha morrido em 1994, este atributo continua encarnado por Kim Il-sung, presidente eterno da República Democrática Popular da Coreia.Em suas fileiras, a delegação norte-coreana também contará com Ri Son-Gwon, chefe do Comitê para a Reunificação Pacífica do país, equivalente ao Ministério sul-coreano da Unificação, encarregado dos assuntos intercoreanos.ckp/slb/ev/acc.zm/fp/tt

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