O Iraque propôs aos países membros da coalizão internacional antijihadista a julgar seus cidadãos suspeitos de aderir ao grupo do Estado Islâmico (IS) em troca de pelo menos 2 bilhões de dólares, disseram funcionários do governo à AFP
O Iraque propôs aos países membros da coalizão internacional antijihadista a julgar seus cidadãos suspeitos de aderir ao grupo do Estado Islâmico (IS) em troca de pelo menos 2 bilhões de dólares, disseram funcionários do governo à AFP.Dada a preocupação de muitos países ocidentais pelo possível retorno de um mínimo de mil combatentes extremistas, Bagdá sugeriu a "opção" de assumir seu julgamento "em troca de dois bilhões de dólares", disse uma fonte do governo à AFP, sob condição de anonimato.A esses 2 bilhões, Bagdá poderia depois pedir "mais dinheiro para cobrir os custos de sua detenção", disse a fonte.O Iraque já condenou centenas de estrangeiros à morte ou à prisão perpétua.Bagdá considera que tem jurisdição para julgá-los, já que o território do EI se estendia entre a Síria e o Iraque.Para manter sob detenção e julgar os jihadistas estrangeiros, o Iraque calculou os "custos operacionais" a partir do precedente da prisão norte-americana em Guantánamo, em Cuba, explicou outra fonte na condição de anonimato à AFP.Os países de origem desses supostos jihadistas "têm um problema, nós temos uma solução", disse a fonte. "Fizemos a proposta na semana passada e até agora não recebemos uma resposta".As autoridades iraquianas verificaram que esses jihadistas vêm de "52 países", a maioria membros da coalização, informou à AFP uma terceira pessoa ligada à proposta.A coalizão não respondeu ao pedido de comentários da AFP.Um "tribunal especial" poderia emergir das negociações, de acordo com essa terceira fonte.Entretanto, essa opção continua bloqueada por causa da pena de morte, que a União Europeia rechaça, advertiu.mjg-ak/s/bh/vl/jz/mb/cc