AFIRMA KERRY

Irã será julgado por sua ações, não por suas palavras

Israel ameaçou impedir que o Irã obtenha arma atômica; EUA demonstraram, então, apoio a Israel

France Press
03/10/2013 às 08:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 01:18
Secretário de Estado americano, John Kerry, deu a declaração durante uma visita ao Japão  (France Press)

Secretário de Estado americano, John Kerry, deu a declaração durante uma visita ao Japão (France Press)

O Irã será julgado por suas ações, não por suas palavras, prometeu nesta quinta-feira (3) em Tóquio o secretário de Estado americano, John Kerry. "Não são as palavras que fazem diferença, são as ações", afirmou o chefe da diplomacia americana, depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, manifestou ceticismo a respeito dos sinais de abertura demonstrados pelo presidente iraniano Hassan Rohani. "Asseguro ao primeiro-ministro Netanyahu e ao povo israelense que nada do que fazemos se baseia apenas na confiança a respeito de Teerã", declarou em uma entrevista coletiva ao lado do chefe do Pentágono, Chuck Hagel, e de autoridades japonesas. Diante dos sinais de distensão entre Washington e Teerã, algo sem precedentes desde a criação da República Islâmica, Netanyahu ameaçou com uma ação individual de Israel para impedir que o Irã obtenha a arma atômica. "Israel não deixará que o Irã consiga armas nucleares. Caso Israel se veja obrigado a atuar sozinho, atuará sozinho", afirmou na Assembleia Geral da ONU, em um discurso que o Irã considerou "provocador e belicoso". Em Tóquio, o chefe da diplomacia americana tentou tranquilizar Israel e reiterou que para Washington a segurança do Estado hebreu continua sendo "primordial". "Que fique claro, quando se trata da segurança de Israel, nada poderá interferir na relação entre Estados Unidos e Israel", disse. No Japão, Kerry e Chuck Hagel se comprometeram com os colegas nipônicos a reforçar a cooperação entre Estados Unidos e Japão ante as crescentes ameaças à segurança na região Asia-Pacífico. Depois de depositar uma coroa de flores no cemitério nacional Shidori ga Fushi em memória dos japoneses, civis e militares, mortos na guerra, Kerry e Hagel se reuniram com os colegas Fumio Kishida e Itsunori Onodera. Os principais temas discutidos foram a segurança regional, no momento em que o governo japonês está preocupado com o aumento do poderio militar e sobretudo marítimo da China, enquanto o programa nuclear norte-coreano continua sendo uma preocupação fundamental para Coreia do Sul e Japão. Os dois países destacaram que o Japão aumentará seu papel na aliança. Também citaram a cooperação em setores estratégicos como o espaço e o ciberespaço, assim como o aumento das capacidades de defesa com mísseis balísticos".

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