Brasil

Inflação continua desacelerando

O Brasil registrou uma inflação de 0,29% em janeiro em relação a dezembro, prosseguindo com uma forte trajetória descendente

AFP
08/02/2018 às 12:06.
Atualizado em 22/04/2022 às 12:55
Inflação continua desacelerando. (Divulgação)

Inflação continua desacelerando. (Divulgação)

O Brasil registrou uma inflação de 0,29% em janeiro em relação a dezembro, prosseguindo com uma forte trajetória descendente, apesar da aceleração da economia e da redução das taxas, informou nesta quinta-feira o IBGE.A expectativa média do mercado era de um aumento de preços (índice IPCA) de 0,40% no primeiro mês do ano, de acordo com a última pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central com dezenas de operadores e analistas. Em janeiro de 2017, quando a maior economia da América Latina emergiu de dois anos de crise com recessão econômica e altos índices de preços, o IPCA teve um aumento de 0,38% mensal.No acumulado de doze meses, a inflação do Brasil chega a 2,86%, abaixo dos 2,95% com que fechou 2017, seu menor nível desde 1998.Apesar de o país estar longe de um processo deflacionário, o nível do IPCA se situa abaixo dos 3% anuais que representam o piso da meta do BC, que é de 4,5%, com uma margem de tolerância 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo.O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística publicou seus dados no dia seguinte ao Comitê de Política Monetária (Copom) do B procedesse ao décimo segundo corte da taxa básica Selic, levando-a 6,75% (-0,25 ponto porcentual), seu mínimo histórico. A condução das taxas é o principal instrumento de luta contra a inflação.O Copom indicou, em um comunicado, que essa redução pode marcar o fim do ciclo de flexibilização monetária, mas deixou a porta entreaberta para uma nova redução em sua próxima reunião de março, caso ocorram mudanças no cenário da inflação e no balanço de riscos.A expectativa do mercado é de um inflacionário de 3,94% este ano.A baixa inflação de janeiro se deveu a índices negativos nos setores da habitação (-0,85%) e vestuário (-0,98%), enquanto que todos os demais registraram altas, começando pelos transportes (+1,10%) e alimentação e bebidas (+0,74%).Os analistas esperam um 2018 de muita volatilidade nos mercados devido às incertezas que cercam as eleições presidenciais de outubro, nas quais nenhum candidato de agrado dos investidores desponta com força.O governo de Michel Temer tenta acalmar essas preocupações apurando suas medidas de ajuste, começando pela reforma previdenciária que topa com resistências de sua própria maioria.

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