A identificação com a análise de DNA dos restos mortais das 157 vítimas do acidente do Boeing 737 Max 8 na Etiópia, no domingo passado, pode durar seis meses, informou a empresa Ethiopian Airlines neste sábado, em um documento do qual a AFP obteve uma cópia
A identificação com a análise de DNA dos restos mortais das 157 vítimas do acidente do Boeing 737 Max 8 na Etiópia, no domingo passado, pode durar seis meses, informou a empresa Ethiopian Airlines neste sábado, em um documento do qual a AFP obteve uma cópia."Os resultados da análise de DNA serão anunciados aproximadamente em cinco ou seis meses após a coleta das amostras", informou a companhia aérea, em um documento transmitido aos familiares das vítimas. Este documento foi repassado para a AFP por um parente, que pediu para permanecer anônimo.A identificação será feita através da comparação do DNA dos restos mortais das vítimas coletadas no local da tragédia, a cerca de 60 km a leste de Adis Abeba, com as amostras de DNA apresentadas pelas famílias.Esses parentes podem entregar amostras de DNA em Addis Ababa ou em qualquer escritório da Ethiopian Airlines, de acordo com o documento. Além disso, objetos pessoais coletados no local do acidente serão devolvidos às famílias em "aproximadamente dois meses" e atestados de óbito serão entregues em duas semanas.A pessoa que compartilhou o documento com a AFP indicou que seu parente falecido é de confissão judaica e que seu funeral não pode ocorrer sem seus restos mortais. O prazo de seis meses é difícil de aceitar para a família, de acordo com essa fonte.O acidente no domingo, que matou 157 pessoas de 35 nacionalidades, é o segundo em menos de cinco meses que acontece com um Boeing 737 Max 8, modelo que muitos países já proibiram de voar, incluindo os Estados Unidos, onde é fabricado. As caixas-pretas foram enviadas para a França, onde serão examinadas pela agência francesa de pesquisa e análise.cs-ndy/jpc/bc/al